Hermenêutica: É Possível Fazer A Bíblia Dizer O Que Você Quer?
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Ilustração europeia de Fílon, do ano 1584, que procurou dar às Escrituras certo encanto para as mentes descrentes, descartando detalhes literais que para ele pareciam ofensivos. Ele alcançou isso por meio da alegorização desses textos.
Quantas vezes você ouviu alguém responder ao seu argumento biblicamente fundamentado com: “Bem, isso é uma questão de sua própria interpretação?” Como você responde quando alguém tenta neutralizar o uso que você faz da Bíblia como fonte fidedigna? Como você deve responder? Talvez você até já tenha desistido de usar a Bíblia como autoridade por causa disso. Este estudo deve encorajar e ajudar você, se for esse o seu caso.
Correndo o risco de soar pedante, normalmente faço uma pergunta, carinhosamente, em resposta: “Então, você segue qual escola de interpretação bíblica?”
Compreender as cinco principais escolas de interpretação bíblica é importante para adquirir sabedoria e uma visão melhor de outra abordagem à Escritura – e como isso afeta muitas vezes as crenças pessoais e as posições políticas.
Ralph Drollinger
I. INTRODUÇÃO
A hermenêutica é a arte e a ciência da interpretação das Escrituras. Em meus anos de ministério, descobri que a maioria das pessoas sequer percebe que há diferentes escolas de interpretação bíblica, muito menos as entende. Neste estudo, vou tentar apresentar a você as principais escolas de hermenêutica e ajudá-lo a obter uma compreensão rudimentar de cada uma, porque como você interpreta as Escrituras molda sua visão de mundo. Para funcionários públicos, a visão de mundo é crucial. Ela serve de base para a formação do conceito de política. Este estudo, então, é fundamental para o seu quociente de sabedoria e sua capacidade de determinar corretamente porque as pessoas pensam do jeito que pensam.
A hermenêutica determina os métodos, as técnicas, as regras e os princípios que o estudante da Bíblia combina a fim de chegar à compreensão de:
QUAL O SIGNIFICADO DAQUILO QUE A BÍBLIA DIZ?
Essa é a questão vital que a ciência e a arte da hermenêutica procura responder. Semelhantemente a exegese adequada e inadequada da Constituição dos Estados Unidos, é preciso uma disciplina aprendida e praticada a fim de ser eficaz e coerente para descobrir o que o autor quis dizer com o que apresentou em toda a Escritura.
Agora adicione isso ao que temos no Livro de Provérbios. Talvez você se lembre que Salomão frequentemente categorizava pessoas em três grupos gerais quando se trata de sabedoria (ou a falta dela): os tolos, os escarnecedores e os sábios. À medida que fizer este estudo, você pode aplicar essa classificação para a vida daqueles que seguem cada uma dessas escolas de hermenêutica. Tenha isso em mente enquanto você se aplica neste estudo. A origem da palavra hermenêutica é bastante interessante. Hermes era o deus grego que supostamente interpretava a mensagem dos deuses aos mortais. Para alguém que acha que a palavra ou ideia de interpretação é um derivado puramente secular, a palavra é usada pelo próprio Cristo em Lucas 24:27:
“E começando por Moisés e todos os profetas, explicou-lhes o que constava a respeito dele em todas as Escrituras.”
Nesta passagem a palavra em português explicava é a tradução da palavra grega hermeneuo, que significa “interpretar.” Vem daí o termo composto diermeneuo.
Cristo, o mestre da hermenêutica, o maior intérprete das Escrituras do Antigo Testamento (AT), está falando com os dois discípulos na estrada de Emaús. À medida que Ele interpreta o que o AT dizia a respeito de si mesmo, seus corações ficaram animados e iluminados como resultado do intérprete tornar as Escrituras vivas para eles (v. 32):
“Perguntaram-se um ao outro: ‘Não estavam ardendo os nossos corações dentro de nós, enquanto ele nos falava no caminho e nos expunha as Escrituras?’”
Esta passagem serve para ilustrar um ponto introdutório profundo: se a hermenêutica adequada for usada com sensibilidade pelo cristão guiado pelo Espírito, assim como Cristo, ele pode levar a resultados de transformações vitais e mudanças políticas na vida daqueles com quem tem contato: no momento e por toda a vida. Por outro lado, interpretar mal as Escrituras é anulá-la de seu poder autoproclamador, conforme Hebreus 4:12:
“Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração.”
A hermenêutica é, portanto, um assunto muito importante. A hermenêutica de uma pessoa determinará sua visão de mundo, ou, inversamente, como é frequentemente o caso dos incrédulos que tentam fazer o que é certo aos seus próprios olhos, sua visão de mundo determinará sua abordagem/hermenêutica das Escrituras.
O que se segue é uma avaliação das cinco principais escolas de hermenêutica. Vou tentar simplificar e resumi-las da melhor forma possível para uma compreensão rápida e fácil, analisando cada uma de modo semelhante: uma visão geral rápida, história, avaliação e resumo. Você consegue identificar qual hermenêutica alguém que conhece está incorporando para justificar uma opinião? Este estudo deve ajudar na sua capacidade de discernir. Das cinco, deixarei a melhor para o final.
II. A ESCOLA ALEGÓRICA
A. VISÃO GERAL
O método alegórico de interpretação bíblica leva em conta o sentido gramatical, literal e histórico de uma passagem como um mero ponto de partida para descobrir o significado oculto presumido do texto, que muitas vezes é considerado mais profundo e mais espiritual. Entende-se então que, sob a letra ou o óbvio, encontra-se o real significado. Michaelson, na sua análise e conclusão sobre essa abordagem para a compreensão da Bíblia, diz: “ignora-se o que o escritor original (das Escrituras) está tentando dizer. O que o intérprete quer dizer passa a ser o único fator importante.”i Ele continua a dizer, justamente por isso, que “a alegorização é como um nevoeiro que primeiro torna os objetos indistintos e então finalmente os torna completamente indecifráveis.”ii Então, resumidamente, é correto dizer que para aqueles que utilizam esse método para entender a Palavra de Deus, a “imaginação substitui a observação.”iii O intérprete faz a leitura a partir de sua compreensão da passagem. Essa abordagem conduz a um grau muito maior de subjetividade na compreensão da Palavra de Deus se comparada à disciplina de interpretação gramatical-histórico-normativa (número cinco dentro deste estudo).
B. HISTÓRIA
Existem muitas escolas históricas que são alegóricas por natureza: gregas, judaicas, patrísticas (pais da igreja primitiva) e católicas. Um proponente principal da interpretação alegórica foi Fílon (20 a.C. a 54 d.C.). Ele buscou dar charme às Escrituras para as mentes descrentes, descartando detalhes literais que lhe pareciam ofensivos. Ele conseguiu isto por meio da alegorização desses textos. Mais tarde, os cristãos aplicavam os princípios de Fílon em suas próprias épocas. Alguns alegoristas patrísticos incluem Clemente de Alexandria, Orígenes e até mesmo Agostinho.
C. AVALIAÇÃO
- É subjetiva. Cada homem é uma lei para si.
- É racionalista. As Escrituras são manipuladas para adequar-se ao raciocínio do homem.
- Obscurece as Escrituras por impor a eisegesisiv (leitura em) em detrimento da exegesis (leitura a partir do).
D. RESUMO
Alegoristas distorcem passagens simples por meio da leitura com significados que não têm nenhuma conexão válida com o sentido literal e óbvio.
ALEGORISTAS CONSIDERAM O INTÉRPRETE DAS ESCRITURAS A AUTORIDADE, EM VEZ DO AUTOR DAS ESCRITURAS
É a imposição no lugar da exposição. A Bíblia realmente quer dizer o que o intérprete pensa que ela diz?
III. A ESCOLA LIBERAL
A. INTRODUÇÃO
Normalmente, aquele que apresenta o argumento “mas isso é uma questão de sua própria interpretação” segue esta abordagem interpretativa.
Esta visão defende que o intelecto humano é adequado em si mesmo para selecionar entre o que é aceitável e o que é errôneo nas Escrituras. A abordagem teológica liberal para a interpretação bíblica pressupõe que as Escrituras só podem ser verdadeiras quando se harmonizam com a razão do homem. A autoridade final, portanto, reside no homem: a Bíblia só pode ser verdade quando se harmoniza com o raciocínio independente do homem. Assim, “a autoridade final e suprema é transferida de Deus para a sala do trono da mente humana.”v
Há aproximadamente 35 denominações “cristãs” que subscrevem esta hermenêutica. Em nível nacional e internacional, o Conselho Nacional de Igrejas e o Conselho Mundial de Igrejas aderem a essa abordagem interpretativa.
B. HISTÓRIA
Sistemas de homens como Hobbs e Spinoza, F. C. Baur e a Escola de Crítica de Tubingen são responsáveis pelo nascimento desta hermenêutica relativamente tardia na história da igreja. Albert Schweitzer e J. M. Robinson, na busca do Jesus histórico, também fomentaram este ponto de vista. Muitos outros nos primórdios dos Estados Unidos, como H. E. Fosdick e outros propagadores do Movimento do Evangelho Social, também assumem a responsabilidade.
A HERMENÊUTICA LIBERAL CRESCEU EM UNÍSSONO COM O MOVIMENTO DO EVANGELHO SOCIAL, TAMBÉM CONHECIDO COMO LIBERALISMO TEOLÓGICO
C. AVALIAÇÃO
- É racionalista.
- A inspiração e o sobrenatural são ambos redefinidos. Por exemplo, uma vez que a mente do homem não pode explicar milagres, os milagres da Bíblia devem, portanto, ser desconsiderados.
- O pressuposto da acomodação humana redefine quando não apaga muito da doutrina bíblica historicamente aceita.
D. RESUMO
Com uma hermenêutica liberal, o homem rápida e arrogantemente se torna o juiz das Escrituras, em vez de as Escrituras serem o juiz do homem.
IV. A ESCOLA NEO-ORTODOXA
A. INTRODUÇÃO
A neo-ortodoxia é uma abordagem interpretativa que nega a revelação proposicional, objetiva e autoritativa. Na justificação dessa premissa, os proponentes desta escola acreditam que a Bíblia é apenas infalível quando a revelação foi dada aos escritores da Bíblia (quando Deus falava naquela época). E em seu olhar para o futuro, a inspiração só ocorre subjetivamente “quando Deus fala diretamente com você agora por meio dela.” Segue-se que a neo-ortodoxia afirma que a Bíblia tem autoridade instrumental porque é um instrumento apontando para Cristo, mas não tem autoridade inerente.
B. HISTÓRIA
Os nomes reconhecidos associados com a germinação da neo-ortodoxia são Karl Barth (desde sua origem). Agora dispersa em diversos movimentos, outros nomes associados com essa escola são Brunner e Niebuhr.
C. AVALIAÇÃO
- Nega que a Bíblia é a Palavra de Deus. Afirma que se torna a Palavra de Deus quando Deus fala a um homem e ele responde.
- Somente a parte da Bíblia que testemunha de Cristo é vinculativa, e a sede da autoridade para decidir isso está na mente do homem.
- Muitos episódios bíblicos são tratados mitologicamente, ou seja, ensinam princípios teológicos importantes, mas não como se tivessem literalmente ocorrido.
D. RESUMO
Em essência, esta escola acaba destruindo a experiência espiritual objetiva porque está baseada em um livro indigno e não confiável, segundo suas próprias conclusões. Tenha em mente que tanto o liberalismo teológico quanto a neo-ortodoxia foram fundados e baseados em evidências científicas e arqueológicas de várias centenas de anos atrás e supostamente em contradição com a Bíblia. Eles foram germinados a partir de falsas premissas. No entanto, essas respectivas disciplinas e suas descobertas têm validado a exatidão bíblica repetidas vezes. Logo, essas duas abordagens interpretativas foram formuladas em e a partir de uma base que desde então tem sido considerada pesquisa ultrapassada e míope. O tapete deles foi puxado. Um paralelo rudimentar é ilustrado pela disciplina da geografia: quem teria credibilidade hoje, se postulasse e expusesse crenças religiosas baseadas no pressuposto de que a terra é plana?
V. A ESCOLA DEVOCIONAL
A. INTRODUÇÃO
Esta opinião considera a Bíblia como um livro rico dado primeiramente para nutrir a vida espiritual do cristão. A ênfase é colocada sobre o aspecto edificador das Escrituras.
B. HISTÓRIA
Muitos são aqueles que reduzem as Escrituras a um mero livro de devoções: “o que esse livro tem para mim hoje?” Entre eles estão os místicos medievais, pietistas, puritanos, quakers e nomes familiares e específicos, tais como Wesley, Matthew Henry, F. B. Meyer e A. W. Tozer.
Para desenvolver apenas um, o movimento pietista foi uma reação à doutrina fria, obsoleta e morta no final dos anos 1600 e início dos 1700 centrado em reação ao luteranismo alemão.
C. AVALIAÇÃO
- Na essência procura a aplicação que é essencial e desejada.
- Há perigos no abuso – concentrar-se em apenas alguns segmentos de todo o Conselho de Deus. Portanto, deve haver um equilíbrio entre o conjunto das Escrituras e a aplicação isolada. Abusos incluem alegorização, tipologia excessivavi e negligência de bases doutrinais anteriores. Na simplicidade, pode-se isolar uma passagem sem considerar o contexto, interpretando, assim, de forma errada o significado autoral.
- A persuasão contundente de conceitos doutrinais obtida por meio de um estudo aprofundado da Palavra de Deus pode ser perdida quando se trata de santificação da alma. Acredita-se que uma dieta rica em carboidratos irá desenvolver a musculatura espiritual mais e além de uma dieta rica em proteínas.
D. RESUMO
Estes escritores tendem a passar por cima de problemas técnicos, passagens difíceis e ênfases doutrinárias para garantir uma ideia rápida aplicável que possa aumentar a santidade na vida do indivíduo. A hermenêutica devocional tende a subestimar, se não denegrir a erudição pelo ganho de um conceito edificante agradável, rapidamente digestível. Quando se trata de funcionários públicos e da necessidade de bases bíblicas na formulação de uma boa política, o país está em extrema necessidade de estudiosos bíblicos que tenham uma profunda compreensão de todo o Conselho de Deus.
VOCÊ ASPIRA SER UM HOMEM OU UMA MULHER DE DEUS QUE MUDA O CURSO DA NOSSA NAÇÃO? SE ASSIM FOR, VOCÊ PRECISA MAIS DO QUE UMA DIETA DEVOCIONAL DA PALAVRA DE DEUS!
Também decorrente desta abordagem minimalista para compreender a Palavra de Deus, a porta é muitas vezes escancarada a formas eisegéticas e tipológicas de interpretação. Em contrapartida, o apóstolo Paulo disse em Atos 20:27: “Pois não deixei de proclamar-lhes toda a vontade de Deus.” Paulo esforçou-se para obter o panorama geral; devemos fazer o mesmo.
Assim como o atleta que tende a consumir habitualmente barras de doce apenas para obter energia rápida, desconsiderar uma dieta equilibrada e de alta proteína não beneficia o aspirante a homem ou mulher de Deus durante um longo período de tempo, tanto na edificação pessoal quanto na formação política.
VI. A ESCOLA GRAMATICAL, HISTÓRICA E NORMATIVA (GHN)
A. INTRODUÇÃO
Nesta última escola, o significado de uma passagem das Escrituras é determinado pelo que se considerou ser a designação básica, habitual e socialmente reconhecida dos termos utilizados no momento em que foram escritos. O sentido literal é o significado básico evidenciado pelos fatores gramaticais e históricos no momento da autoria.
É importante notar o que esta escola não é. Não é caracterizado pelo letrismo ou pelo literalismo rígido.vii Em vez disso, permite ao autor utilizar figuras de linguagem, tais como parábolas, metáforas, hipérbole, ironia, eufemismos, paranomásia, provérbios, personificação, paradoxos etc. Em latim, isto é descrito como usus loquendi, ou seja, a semântica dentro da cultura de uma língua. Ramm, em seu manual clássico de hermenêutica, chama isso de “o estrato literal da linguagem.” A escola GHN de hermenêutica reconhece e tem em mente a existência de tal estrato, e tenta deduzir o significado autoral com o possível uso que o autor fez dele.
B. HISTÓRIA
Esdras, os judeus da Palestina e Cristo incorporam esta disciplina como evidencia a própria Escritura. Crisóstomo, Lutero e Calvino seguiam a hermenêutica GHN. Esdras, em particular, é o primeiro exemplo do Antigo Testamento. Os judeus haviam sido exilados por tempo suficiente na Babilônia a ponto de ter perdido a sua língua nativa; eles agora falavam aramaico. Esdras, portanto, reuniu o povo hebreu e explicou o significado real pretendido no texto do Antigo Testamento para eles. Mais tarde, na história da igreja, foi a abordagem exegética (literalmente “sair de”) de interpretação que montou o palco para a reforma, à medida que Calvino e Lutero explicavam o que realmente havia no Novo Testamento grego (que tinha se tornado recentemente disponível ao homem comum).
C. AVALIAÇÃO
- Esta é a prática secular usual da interpretação da literatura (um Supremo Tribunal de Justiça que aplica esta abordagem à interpretação constitucional é conhecido como “Originalista.” Para o oposto, um juiz que lê o documento com sua visão é considerado um “ativista”).
- Uma grande parte da Bíblia faz sentido desta forma.
- Exerce um controle sobre a imaginação.
D. RESUMO
“Esse é o verdadeiro método de interpretação que coloca as Escrituras ao lado das Escrituras de uma maneira correta e apropriada.”viii “A primeira tarefa de um intérprete é deixar o autor dizer o que diz, em vez de atribuir-lhe o que nós pensamos que deveria dizer.”ix
VII. CONCLUSÃO
A escola gramatical, histórica e normativa da hermenêutica precisa ser a escolha da pessoa pensante. Ele permite que a Bíblia seja inocente até que se prove o contrário e objetiva versus subjetiva. Esta é a prática usual de interpretar a literatura secular (do presente e do passado). É a única escola com uma força controladora sobre a eisegese – a imaginação do homem impingida à Bíblia.
SE CONSIDERARMOS QUE AS ESCOLAS ALEGÓRICA, LIBERAL E NEO-ORTODOXA DA HERMENÊUTICA SÃO OS FILHOS DOS ESCARNECEDORES, E A ESCOLA DEVOCIONAL O IRMÃO DOS SIMPLÓRIOS, APENAS A ESCOLA GRAMATICAL, HISTÓRICA E NORMATIVA É O PAI DOS SÁBIOS
Quando um amigo/colega funcionário público lhe disser “É uma questão de sua própria interpretação”, pergunte-lhe em qual escola hermenêutica ele está matriculado – e esteja preparado para debater os méritos, ou a falta deles.cm
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i Mickelsen, A. B. Interpreting the Bible, p. 28.
ii Ibid, p. 37.
iii Rosscup, James E. Hermeneutics Syllabus (não publicado – Rev. abril de 1999). Algumas partes deste estudo provinham do trabalho deste homem temente a Deus.
iv Eisegese: a interpretação de um texto (a partir da Bíblia), baseada na Bíblia em si (M & W).
v Rosscup, p. 41.
vi “(A tipologia excessiva) difere de um símbolo ou uma alegoria. É uma representação de uma referência histórica, real. Muitas vezes se relaciona com um cumprimento análogo em Cristo das histórias e paralelos do Antigo Testamento. Esta foi uma abordagem muito popular da interpretação na Idade Média.”
vii (Ramm, Bernard Protestant Biblical Interpretation (Grand Rapids: Baker, 1970) p. 123-127).
viii Lutero, Works, Philadelphia Edition, Vol. III. p. 334.
ix Calvino, Commentary on Romans, prefácio 334.