A Sã Doutrina Ao Ministrar Para Funcionários Públicos
Download do Estudo BíblicoA legitimidade da fé cristã repousa na obra completa de Cristo feita em nosso favor. Sua vitória sobre o pecado é autenticada por sua ressurreição dentre os mortos, portanto, a ressurreição é o cerne do cristianismo. Em contraste com outras grandes religiões do mundo – todas elas sistemas soteriológicos baseados em obras – segue-se que, sem a ressurreição, um indivíduo permanece em seu pecado, sendo inaceitável para um Deus santo e justo. É esta compreensão bíblica da fé – que a Escritura se refere como fé – que quero analisar neste estudo. Especificamente, quero examinar as passagens bíblicas que se relacionam a fé e o fato de que os cristãos foram incumbidos por Cristo como embaixadores dessa fé.
Quais são as implicações de tudo isso em sua vida?
Ralph Drollinger
I. INTRODUÇÃO
Muitos são os que possuem algum tipo de “fé” religiosa. A pergunta mais importante que todos nós devemos fazer, no entanto, é: “A minha fé é salvadora?” A Bíblia diz diretamente que nem toda fé é salvadora (cf. Mateus 7:21-22). Portanto, o conteúdo de nossa fé é vital; e é por esta razão que eu não gosto da frase levianamente dita como sinal de cortesia: “Ela é uma pessoa de fé.” Isso é muito vago e não significa nada em termos de definir com precisão o destino eterno. Você pode ser uma pessoa de fé, mas mesmo assim não estar salva! É um termo indefinido. A Bíblia diz que o objeto adequado da nossa fé deve ser o que é várias vezes descrito como a fé – com o uso do artigo definido.
II. ENTENDENDO O TERMO: A FÉ
Se a Escritura refere-se à fé verdadeira e salvadora em Jesus Cristo como a fé, o que então Deus espera de seus seguidores em termos de sua responsabilidade em relação à fé? Este estudo tentará responder a essa pergunta.
A este respeito, observe o que diz Judas 3, no Novo Testamento:
“Amados, embora estivesse muito ansioso por lhes escrever acerca da salvação que compartilhamos, senti que era necessário escrever-lhes insistindo que batalhassem pela fé uma vez por todas confiada aos santos.”
A epístola de Judas é mais bem resumida como “Os Atos dos Apóstatas.” Judas era meio-irmão de Jesus e converteu-se após a ressurreição de Cristo (compare João 1:7-9 e Atos 1:14). Em sua epístola de um capítulo no Novo Testamento ele descreve as características da falsa fé (que eventualmente se torna apóstata) e chama todos os cristãos, mesmo aqueles nas comunidades de poder, a lutar pela fé – a única e verdadeira fé.
Esta importante combinação de palavras, a fé, é usada com este significado especial repetidamente em todo o Novo Testamento. Significa: “todo o corpo da verdade da salvação revelada, contida nas Escrituras.”
NOVAMENTE, A FÉ É USADA NAS ESCRITURAS COM ARTIGO DEFINIDO, NÃO INDEFINIDO, A FIM DE ENFATIZAR A SINGULARIDADE BÍBLICA DA VERDADEIRA FÉ SALVADORA
A Escritura é totalmente alheia a uma filosofia religiosa que diz: “todos os caminhos levam ao céu.”
A construção grega da última frase de Judas 3 literalmente significa: “A fé uma vez por todas confiada aos santos.” Ela enfatiza a finalidade da revelação de Deus a respeito da verdadeira fé salvadora, ou seja, as Escrituras, que revelam o caminho da verdadeira salvação, não devem ser adicionadas ou excluídas (cf. Apocalipse 22:18-19). Isso quer dizer que a fé é inalterável! Em contraste, as seitas sempre têm três alterações comuns: uma “revelação” adicional supostamente confiável que por sua vez redefine dois aspectos inalteráveis da fé verdadeira e salvadora: a pessoa e a obra de Cristo.
O termo fé aparece nas passagens a seguir do Novo Testamento.
A. GALÁTAS 1:23
“Apenas ouviam dizer: ‘Aquele que antes nos perseguia, agora está anunciando a fé que outrora procurava destruir.”
Esta é uma referência a Paulo, que após se converter morou na Arábia, onde recebeu três anos de instrução do Senhor. Quando ele retornou, a passagem acima foi a resposta das igrejas. Observe que eles chamaram a crença em Cristo de a fé.
B. EFÉSIOS 4:5
“Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo.”
Esta é uma afirmação enfática de Paulo para a igreja de Éfeso de que há apenas uma fé legítima e salvadora.
C. EFÉSIOS 4:11-13
“E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo.”
Observe o uso contextual de a fé. A palavra e a ideia de unidade a precedem. Sem homogeneidade doutrinal, ou seja, uma compreensão comum do que a fé consiste, não pode haver uma unidade íntima no corpo de Cristo. A verdadeira unidade bíblica decorre de uma crença comum na fé (ou, como veremos o sinônimo – a “sã doutrina”). Observe ainda nesta passagem que a unidade na fé provém dos pastores que Deus deu à igreja, isto é, pastores e mestres. À medida que eles ensinam a Palavra de Deus, fundamentam os seguidores de Cristo na fé, resultando em um corpo unificado de cristãos. Segue-se que uma falha ao ensinar a singularidade enfática da fé verdadeira e salvadora só leva a confusão doutrinal, divisão e posterior desunião do corpo.
D. FILIPENSES 1:27
“Não importa o que aconteça, exerçam a sua cidadania de maneira digna do evangelho de Cristo, para que assim, quer eu vá e os veja, quer apenas ouça a seu respeito em minha ausência, fique eu sabendo que vocês permanecem firmes num só espírito, lutando unânimes pela fé evangélica.”
Aqui vemos que a expressão fé evangélica descreve a fé verdadeira como “fé no Evangelho.” Note o que antecede essa expressão na passagem, “lutando unânimes” (sunathleo), que significa, “trabalhar, labutar.” A palavra conota uma equipe lutando pela vitória contra um inimigo comum. Esta é a mesma ênfase aplicada à fé em Judas 3 (como mencionado anteriormente). Novamente, observe o que é afirmado aqui:
“Senti que era necessário escrever-lhes insistindo que batalhassem pela fé uma vez por todas confiada aos santos.”
A palavra grega usada nesta passagem é traduzida como batalhar (epagonizomai). Significa “uma competição intensa.” A aplicação recorrente aqui é que o cristão deve trabalhar e disputar com os outros que são enganosos, a fim de transmitir e preservar com precisão a fé a cristãos e incrédulos igualmente. Judas, comparado a Paulo na conclusão de 2Timóteo, está escrevendo para refutar os falsos mestres que enganavam muitos que precisavam conhecer o caminho da verdadeira salvação. Assim, os cristãos estão a travar uma guerra espiritual contra os apóstatas, aqueles que pregam um evangelho falsificado, que engana e leva outros a se desviarem. Acovardar-se desta tarefa é ser no mínimo imaturo espiritualmente e dar espaço a Satanás, que é o pai da mentira, isto é, o enganador que conduz muitos ao desvio (cf. Apocalipse 20:1-3).
É, PORTANTO, CRUCIAL QUE OS MINISTÉRIOS ENTRE OS SERVIDORES PÚBLICOS TENHAM O CUIDADO DE ENSINAR A SÃ DOUTRINA – NÃO SÓ OS DESTINOS ESPIRITUAIS INDIVIDUAIS ESTÃO EM JOGO, MAS TAMBÉM AS POLÍTICAS NACIONAIS
E. 1TIMÓTEO 4:1-2
“O Espírito diz claramente que nos últimos tempos alguns abandonarão a fé e seguirão espíritos enganadores e doutrinas de demônios. Tais ensinamentos vêm de homens hipócritas e mentirosos, que têm a consciência cauterizada.”
A instrução de Paulo a Timóteo, que pastoreia a igreja que está “recuperando-se do ensino de falsos mestres” em Éfeso, apresenta um claro contraste entre a verdadeira fé salvadora — a fé — e a prevalência e a realidade da existência de uma fé falsa, que não salva… Ou seja, as falsas e enganosas doutrinas de salvação propagadas por líderes “espirituais” mentirosos e hipócritas. Os últimos tempos referem-se ao período compreendido entre a primeira e a segunda vinda de Cristo (cf. Atos 2:16-17, Hebreus 1:1-2, 9:26, 1Pedro 1:20, 1João 2:18). Portanto, esta passagem é descritiva sobre a prevalência e a realidade da falsa fé – que será comum – na era em que vivemos, comumente conhecida como a Era da Igreja.
III. A RESPONSABILIDADE DO CRISTÃO PARA COM A FÉ
1João 2:12-13 é uma passagem maravilhosa em relação à nossa autoavaliação da maturidade espiritual no que diz respeito à distinção entre a fé verdadeira e salvadora — a fé — e a falsa fé que engana e não salva. Observe que tal discernimento é um fator determinante em relação ao nível de maturidade espiritual.
“Filhinhos, eu lhes escrevo porque os seus pecados foram perdoados, graças ao nome de Jesus. Pais, eu lhes escrevo porque vocês conhecem aquele que é desde o princípio. Jovens, eu lhes escrevo porque venceram o Maligno.”
A partir da passagem acima, o que João descreve como os três níveis bíblicos de maturidade espiritual e o que caracteriza cada um? Observe a resposta na seguinte tabela:
Os filhinhos em Cristo sabem que seus pecados foram perdoados e que Jesus os ama. No entanto, a falsa doutrina facilmente os engana. Eles têm pouco discernimento espiritual. Eles não conhecem as Escrituras e a singularidade da fé salvadora – nem que o Maligno está à solta para enganá-los.
Na verdade, isso é o que diferencia os jovens dos filhinhos: os jovens já não são presas das artimanhas de Satanás e falsas doutrinas. Eles são espiritualmente perceptivos para a sã doutrina. Por fim, os pais são mais maduros do que os filhinhos e os jovens, porque os pais na fé têm uma compreensão bíblica e experiencial de Deus em sua vida. Meu ponto é que os jovens e os pais podem discernir a verdade do erro. Eles são sábios para evitar os esquemas de Satanás. Os filhinhos não. Assim, como você classificaria sua maturidade espiritual?
Mais uma vez, Efésios 4:5 afirma que há um Senhor, e uma fé… Paulo não está declarando isso para a “igreja de Éfeso se recuperar das falsas doutrinas”, em grande parte para definir e defender diretamente a pureza da fé em contraste com a fé errônea? Esse é precisamente o mesmo propósito da Epístola de Judas, onde os cristãos são chamados a “edificarem-se sobre a santíssima fé” (v. 20). Edificar (epoikodomeo) significa literalmente “construir uma casa.”
VOCÊ TEM CONDIÇÃO DE DISPUTAR UMA VAGA NO CONGRESSO OU NO SENADO SEM ANTES SE PREPARAR?
Como você pode ter sucesso como cristão se não se preparar com a verdade bíblica? Pedro amplia essa perspectiva ao ressaltar a mesma ideia em sua epístola aos cristãos, incumbindo-os de estar “… sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês” (1Pedro 3:15). O termo grego apologia pode ser traduzido como “resposta.” Usamos a palavra apologia a partir do grego, que significa “o ramo da teologia que lida com a defesa e a prova do cristianismo” (Amer. Herit. Dict.). Juntos, Judas e Pedro encarregam os cristãos de se prepararem com respostas a fim de manter a mensagem do evangelho que é biblicamente precisa e salvífica para as almas dos indivíduos.
Estas passagens anteriormente mencionadas – e seu enorme peso em relação à importância da sã doutrina – servem para ilustrar a necessidade dos ministérios e pastores nos núcleos governamentais fazerem o mesmo!
A FALSA ADORAÇÃO TROUXE UMA MALDIÇÃO SOBRE ISRAEL NO ANTIGO TESTAMENTO. QUAL A IMPORTÂNCIA, ENTÃO, DE PASTORES E MINISTÉRIOS NOS NÚCLEOS GOVERNAMENTAIS SEREM CARACTERIZADOS PELA SÃ DOUTRINA?
Segue-se que Deus odeia a falsa doutrina, e os falsos mestres que ensinam uma falsa fé salvadora realmente servem para prejudicar não só a vida espiritual dos indivíduos, mas a saúde da nação. É essencial que Deus abençoe nossa nação. Quais são então as implicações da fé em relação ao trabalho eficaz de um professor discipulador entre pessoas do governo? Vejo pelo menos as três coisas apontadas a seguir.
A. O FUNCIONÁRIO PÚBLICO DEVE CONHECER A SÃ DOUTRINA
Efésios 4:14-15 diz:
“O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.”
Um comentarista explica bem a intenção desta passagem: “os cristãos espiritualmente imaturos, que não estão fundamentados no conhecimento de Cristo por meio da Palavra de Deus, estão inclinados a aceitar de forma acrítica todo tipo de erro doutrinário enganador e interpretação falaciosa das Escrituras promulgados por falsos mestres na igreja. Eles devem aprender o discernimento.”
Essa é uma citação muito boa e poderosa. 1Tessalonicenses 5:21-22 ecoa este alerta para diferenciar a sã doutrina da falsa:
“… mas ponham à prova todas as coisas e fiquem com o que é bom. Afastem-se de toda forma de mal.”
Semelhante à análise criteriosa que o congressista faz de cada novo projeto de lei apresentado na comissão, o cristão como líder político deve examinar a veracidade de cada filosofia oferecida. Como? Colossenses 3:16 afirma:
“Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria…”
O servidor público maduro em Cristo é caracterizado por sua motivação e disciplina para estudar a Palavra de Deus. Ele não é mais dominado pela ideia da Palavra de Deus como “o que este livro tem para mim?” ou “que pensamento devocional a Bíblia poderia ter para mim hoje?” Isso tudo é muito bom, mas a busca pela Escritura deve ir muito além disso. A fim de fazer melhor o trabalho de servir à nossa nação, deve-se possuir uma atitude de, “como posso aprender a Palavra a fim de distinguir a verdade do erro?” (Cf. 2Timóteo 2:2). Deve haver mais na nossa busca pelo estudo bíblico do que a autoajuda; buscamos o estudo bíblico a fim de obter e manter a sã doutrina.
B. DEVE SER CAPAZ DE DISCERNIR A VERDADE DO ERRO
Aqui está a segunda implicação da fé para um cristão no Congresso. 1João 4:1 diz:
“Amados, não creiam em qualquer espírito, mas examinem os espíritos para ver se eles procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo.”
Esta atitude caracterizou os cristãos que residiam na Bereia. Lucas cita seu desejo e discernimento a respeito da verdade de Deus dizendo:
“… pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo”(Atos 17:11).
A palavra examinem (dokimazo) em 1João 4:1 deriva do mundo da metalurgia, significando a disciplina de testar a pureza e o valor dos metais. Da mesma forma, os cristãos precisam testar todos os ensinamentos doutrinários com o crivo da Palavra de Deus, possuindo um olhar crítico (em um espírito de amor e não de autojustificação, como muitos possuem, sendo vulneráveis nesta área) de aprovação ou rejeição. Rapidamente eu poderia acrescentar que o julgamento crítico, quando baseado em um amor genuíno pelas pessoas, não é uma característica negativa. Nós avaliamos tudo na vida – desde lojas de doces até parceiros de casamento. O que então há de errado em julgar os professores da Bíblia e seus ensinamentos? Afinal, os ensinamentos espirituais abrigam destinos eternos.
Mateus 24:5,11 acrescentam ainda mais à nossa compreensão deste assunto:
“Pois muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Eu sou o Cristo!’ e enganarão a muitos” … “E numerosos falsos profetas surgirão e enganarão a muitos.”
A particular natureza de ser enganado ou iludido é a incapacidade de perceber o engano — que decorre de uma ignorância ou ingenuidade básica quanto à Palavra de Deus.
Em Atos 20:29 Lucas registra Paulo dirigindo-se aos anciãos de Éfeso antes de seu difícil encontro com os falsos mestres:
“Sei que, depois da minha partida, lobos ferozes penetrarão no meio de vocês e não pouparão o rebanho.”
Apesar de Paulo ter advertido os líderes da igreja a “vigiar” (v. 31a), e mesmo tendo passado três anos edificando-os na fé (v. 31b), anos mais tarde eles ainda foram enganados pela falsa doutrina. Foi após a investida dos falsos mestres que Paulo entregou a Timóteo as chaves da igreja de Éfeso: em 1Timóteo 1:20 vemos que o apóstolo não tolerou isso e os expulsou. Possuir a capacidade pessoal e teológica de distinguir a verdade espiritual do erro é, portanto, uma questão muito importante. Lembre-se:
NA MESMA PROPORÇÃO EM QUE SATANÁS É ASTUTO E SEDUTOR, OS CRISTÃOS PRECISAM SER SÁBIOS E PERSPICAZES
C. DEVE SER CAPAZ DE ENFRENTAR O ERRO
A terceira implicação da fé para o cristão nos órgãos governamentais significa não somente conhecer a sã doutrina e ter a capacidade de discernir a verdade do erro, mas não permanecer passivo. Ele é corajoso em seu embate contra a falsa doutrina. 2Coríntios 10:5 afirma:
“Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo.”
Aqui, novamente, vemos o caráter de ofensiva que é biblicamente apropriado na guerra contra a falsa doutrina. Em Oseias 4:6 Deus disse a respeito dos líderes espirituais de Israel:
“Meu povo foi destruído por falta de conhecimento. Uma vez que vocês rejeitaram o conhecimento, eu também os rejeito como meus sacerdotes.”
Esta passagem se aplica aos cristãos de hoje. Deus espera que seus seguidores sejam leais a Ele. O Senhor não vê com bons olhos cristãos que têm uma visão apática ou passiva em relação à defesa da fé! Seguidores maduros de Cristo não devem ser ignorantes nem ficar covardemente sentados passivos no vestiário enquanto os falsos mestres de Satanás invadem o campo. Em 1Timóteo 1:18 Paulo diz a Timóteo:
“Timóteo, meu filho, dou-lhe esta instrução, segundo as profecias já proferidas a seu respeito, para que, seguindo-as, você combata o bom combate.”
Paulo está incumbindo Timóteo de lembrar-se que foi chamado por Deus para ser um lutador pela fé. Todo cristão é chamado a proteger a pureza da fé verdadeira e salvadora, que é esta: cada um de nós deve depositar a confiança somente em Cristo para o perdão dos pecados.
Em 1Timóteo 6:12 Paulo reitera: “combata o bom combate da fé.” A palavra combate (agonizomai) é a raiz da qual derivamos a palavra da língua portuguesa “agonizar.” Significa “lutar perseverantemente contra a oposição e a tentação.” “Refere-se à concentração, disciplina e esforço extremo necessários para vencer.” Em um sentido mais amplo, “o bom combate da fé” refere-se ao conflito espiritual com a escuridão, uma luta na qual todos os cristãos maduros estão engajados.
Finalmente, Paulo fornece a Timóteo percepções culminantes para entrar e vencer com sucesso a batalha pela fé. 2Timóteo 1:13-14 afirma:
“Retenha, com fé e amor em Cristo Jesus, o modelo da sã doutrina que você ouviu de mim. Quanto ao bom depósito, guarde-o por meio do Espírito Santo que habita em nós.”
Esses são dois dos meus versículos favoritos. Eles resumem um dos aspectos que eu acho mais pertinentes da liderança na obra de Deus. Guardar (phulax) significa “proteger.” Paulo refere-se à fé como uma confiança da qual Timóteo deve ser um protetor. A palavra depósito é compreendida de duas raízes, para (“com”) e tithemi (“colocar”). Combinadas significam “colocar com” ou “depósito.”
Em algumas versões da Bíblia esse depósito é chamado de tesouro. Deus deixou conosco e nos confiou um tesouro. Estamos aqui para guardá-lo! Aqui está uma bela imagem retratando uma responsabilidade tremendamente séria. Devidamente entendido isso significa que todo cristão – especialmente aquele que é líder – tem a responsabilidade sagrada de ser um “protetor do depósito.” Isso implica afastar aqueles que tentam roubar o tesouro.
IV. SUMÁRIO
Conhecendo as nossas responsabilidades biblicamente determinadas, que possamos meditar na gravidade e na profunda importância de cada cristão ter sido confiado com a fé! Como todos os cristãos, devemos ansiar pela sã doutrina e possuir uma aguçada percepção dos erros. Devemos guardar e proteger firmemente a pureza da fé. Lembrem-se do que o nosso Senhor disse de si mesmo: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (João 14:6). Não cometa nenhum erro aqui; todo cristão recebeu a incumbência de proteger e transmitir a singularidade da fé verdadeira e salvadora!
NÃO PODEMOS ESPERAR CRISTÃOS SAUDÁVEIS NOS ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS SE NÃO INSISTIRMOS PRIMEIRO EM PASTORES E MINISTÉRIOS BIBLICAMENTE CORRETOS!
Falhar neste ponto significa que os líderes do governo civil serão, no mínimo, espiritualmente enfermos e, portanto, menos eficazes em liderar a nossa grande nação. Não coloquemos em risco a fé verdadeira, mas insistamos apenas no melhor em termos de professores da Bíblia em nosso meio — pelo simples motivo de zelar pela saúde da nação! Amém.cm