Conselhos de Salomão para Eliminar uma Dívida Gigantesca
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Um dos maiores desafios que você e nosso país enfrentam é a crescente e alarmante dívida nacional. Como a Bíblia pode ajudar na tentativa de domar essa besta?
À medida que eu estudava Provérbios, o Espírito Santo chamou minha atenção para o que Salomão, o homem mais sábio do mundo, teria a dizer sobre isso, caso visitasse o Congresso. Se você fosse tomar um cafezinho com Salomão, o que ele compartilharia? Se você se aproximar do livro de Provérbios com esta pergunta, pode se surpreender com o que ele diz.
Lembre-se de que Provérbios foi escrito pelo chefe de uma nação para aconselhar seu filho que em breve assumiria suas funções. Que princípios podemos obter dos conselhos que o rei oferece a seu filho sobre como administrar bem o orçamento de um país? Penso que você irá considerar este estudo útil. Você encontrará aqui a ajuda de Deus e conselhos sobre como domar a besta.
Continue lendo, meu amigo!
I. INTRODUÇÃO
As Escrituras falam da criação de Deus e da posse do mundo em inúmeras passagens. Por exemplo, Salmos 50.10 declara: “Pois todos os animais da floresta são meus, como são as cabeças de gado aos milhares nas colinas”.Salmos 24.1 ainda afirma: “Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele vivem”.
A Bíblia também declara a soberania de Deus, termo teológico que descreve o poder ilimitado e o controle de Deus sobre a natureza, a história e os assuntos da humanidade (cf. Isaías 45.9-19; Romanos 8.18-39). Na verdade, Deus possui e controla tudo!
Além disso, a Escritura afirma que Deus fez você e eu para sermos seus mordomos e administrar sua criação para Ele (cf. Gênesis 1.26-28). Esta é uma responsabilidade impressionante. Mordomia ou administração, como a palavra é usada em geral na Bíblia, abrange a ideia de administrar os bens, as finanças ou a casa de outra pessoa. Bons mordomos percebem que tempo, talento e tesouro devem, em última análise, ser usados para agradar a pessoa que lhes confiou a responsabilidade.
Biblicamente, então, você e eu somos os administradores da criação de Deus. Para aqueles que creem em Cristo, uma atitude de mordomia é uma exigência necessária da obediência. Paulo retrata isso em 1Coríntios 9.17: “Estou simplesmente cumprindo uma incumbência a mim confiada”. Anteriormente, na mesma epístola, sempre inspirado pelo Espírito Santo, ele escreveu: “O que se requer destes encarregados é que sejam fiéis” (1Coríntios 4.2). Espero que você tenha vindo para a capital da nação com esta motivação e compreensão. Você se vê claramente como alguém encarregado por Deus de ser mordomo não só da sua vida pessoal e familiar, mas das coisas públicas que estão sob sua responsabilidade?
Tudo o que foi dito acima contrasta drasticamente com os motivos pessoais de autoengrandecimento, que é uma palavra composta que abrange os significados da promoção do eu e enaltecimento pessoal. Infelizmente, muitos vieram para o Congresso pelos motivos errados. Eles têm uma mentalidade do tipo “o que posso conseguir para mim?”. Infelizmente para a nação, responsabilidade e serviço estão longe de seus motivos. Tais atitudes são a raiz de todos os problemas fiscais.
A SEGUIR, ESTÃO OS OITO PRINCÍPIOS ORIENTADORES QUE SALOMÃO RECOMENDARIA PARA SAIR DA DÍVIDA
Tendo declarado esses fundamentos, a maneira como um legislador lida com o dinheiro que Deus tem confiado a ele — tanto no sentido pessoal e familiar como no legislativo — é crucialmente importante. Decisões sobre o uso do dinheiro derivam e refletem as crenças e o caráter de cada um. Como então Deus quer que você lide com o dinheiro que lhe confiou?
II. EQUILIBRAR O ORÇAMENTO ANUAL
Quando Paulo afirma em Romanos 13.8 “Não devam nada a ninguém…”, não está proibindo os empréstimos em si. Observe que ele não disse “não tomem nada emprestado de ninguém”, porque a Escritura considera a possibilidade de empréstimos em outras passagens (Mateus 5.42; Lucas 6.34). Além disso, o capitalismo tem base nas Escrituras, e para que funcione deve haver boas práticas de empréstimo. A proibição de Paulo sobre dívida se relaciona à incapacidade de cumprir com as obrigações financeiras. Assim, para ser um bom mordomo, é preciso ser sábio e planejar bem para não extrapolar nos gastos, sejam pessoais ou da nação.
Semelhantemente a Paulo, Salomão diz em Provérbios 22.7: “Quem toma emprestado é escravo de quem empresta”. Esta passagem é muitas vezes mal interpretada, e não significa que o empréstimo é pecaminoso. Sua instrução é destinada mais a credores do que a devedores: É um aviso contra práticas abusivas de empréstimo. Com base nesta passagem, os Estados Unidos têm leis que proíbem o abuso do credor. Os mutuários não devem (e lá isso está previsto em lei) ser explorados. Salomão está dizendo a seu filho Reoboão que, sem fiscalização, os credores muitas vezes se aproveitam de forma injusta daqueles a quem emprestam. Se não tomarem cuidado, fazem dos mutuários seus escravos.
Tendo explicado o que Romanos 13.8 e Provérbios 22.7 não significam, é apropriado apontar o óbvio: A história é repleta de pessoas e nações que gastaram excessivamente. Então, quando houve imprevistos, não tiveram reserva suficiente, nem meios para conseguir mais crédito, e a ruína financeira foi o resultado. Esses são exemplos do que Paulo chamou de devedores.
Quando um “estilo de vida” desejado requer mais dinheiro do que a renda fornece, é muito imprudente para um indivíduo, uma família ou uma nação tomar emprestado a fim de manter esse “padrão”, em vez de cortar despesas para um nível abaixo do rendimento. É má administração e completa loucura quando alguém pede emprestado dinheiro a fim de cobrir despesas que excedem em muito a sua renda. Aqueles que agem desta forma não só decepcionam a Deus, que os nomeou — mas também seus eleitores. Então, o primeiro princípio bíblico é: A menos que os que ocupam cargos públicos equilibrem as contas do orçamento anual, eles acabarão, no curto ou longo prazo, com dívidas — e mesmo que não se tornem escravos no sentido pleno da palavra, se tornarão uma nação de status inferior.
HISTORICAMENTE, MUITOS DIVÓRCIOS SÃO DECORRENTE DE DÍVIDAS – TANTO EM RELACIONAMENTOS CONJUGAIS COMO NA RELAÇÃO ENTRE ELEITORES E REPRESENTANTES ELEITOS
Não alcancem o estado degradado de ser alguém que está em atraso pelo uso indevido de crédito. Observe candidatos endividados que foram derrotados nas eleições dos EUA. De forma apropriada, em grande parte, os eleitores atentos tentaram substituir os representantes cuja vida fiscal era irresponsável.
Então, o primeiro princípio que Salomão compartilharia para eliminar uma dívida gigantesca é equilibrar o orçamento. Os funcionários públicos devem primeiro dar atenção para cortar o vazamento fiscal que só aumenta antes de qualquer uma das soluções bíblicas poder ser aplicada com sucesso. O que vem a seguir não vai resolver muita coisa se os gastos continuarem fora de controle.
III. INCENTIVAR TRABALHADORES E GERADORES DE EMPREGO
A próxima prioridade que Salomão compartilharia para reduzir a dívida seria incentivar as indústrias, que são a base para a criação de uma economia maior e mais forte. Todos nós sabemos que, para a indústria competir em escala mundial, um país deve possuir matérias-primas, energia e capital adequados, além de tributação e regulação, tudo a um custo extremamente reduzido e a níveis de taxação também baixos. Esses são os elementos fundamentais para criar produtos e serviços com valor agregado de forma competitiva e abundante. E mais importante, tudo o que foi mencionado acima resulta de funcionários públicos que possuem a perspectiva bíblica de Deus comandando aos que criou à sua imagem para subjugar a terra (Gênesis 1.28).
Mais importante para incentivar as indústrias a fim de criar uma economia mais forte é a necessidade de incentivar a laboriosidade pessoal dos líderes e trabalhadores nessas indústrias. Observe o que Salomão diz em Provérbios 10.4:
“As mãos preguiçosas empobrecem o homem, porém as mãos diligentes lhe trazem riqueza.”
Indivíduos diligentes fizeram a riqueza dos Estados Unidos. Nações cujos governos incentivam pessoas à diligência terão mais riqueza do que aquelas cujos governos não o fazem. Esta é a principal razão pela qual o socialismo sempre falha. Salomão estabelece este princípio necessário de diligência pessoal também em Provérbios 13.11:
“O dinheiro ganho com desonestidade diminuirá, mas quem o ajunta aos poucos terá cada vez mais.”
Biblicamente a riqueza está relacionada ao esforço. O resultado de trabalhar arduamente — com o suor do rosto (cf. Gênesis 3.19 ss.) é que gera riqueza. Provérbios 28.19 reverbera este princípio:
“Quem lavra sua terra terá comida com fartura, mas quem persegue fantasias se fartará de miséria.”
Assim, se esta é a fórmula de Deus para a criação de riqueza, Salomão diria que os líderes do governo devem incentivar indivíduos e indústrias (que inclui o desencargo dos fardos desnecessários das regulamentações governamentais), a fim de criar uma economia forte. Você não pode ter um sem o outro!
Fazendo isso, a dívida atual da nação se tornaria proporcionalmente reduzida e menos difícil de pagar. A título de exemplo, se a economia americana aumentasse 7% ao ano (um alvo realista se os geradores de emprego forem incentivados e liberados das regulamentações governamentais), a economia cresceria o dobro em apenas 10 anos, e a dívida de 20,5 trilhões seria proporcionalmente metade do seu tamanho atual em relação ao produto bruto nacional. Em 20 anos, a dívida se tornaria relativamente um quarto de seu tamanho atual, mesmo que não fosse reduzida em único centavo nesse período de tempo. E supondo que as taxas de tributação não fossem reduzidas, mas indexadas, a renda do Tesouro seria quatro vezes maior! Supondo ainda que os aumentos no orçamento sejam menores, haveria bastante dinheiro para pagar a dívida (e isso sem levar em conta a inflação). Salomão diria que a primeira coisa que um servidor público deve fazer é equilibrar o orçamento e, a segunda, trabalhar para o crescimento da economia.
IV. INCENTIVAR O CRESCIMENTO POPULACIONAL
Em relação a ter muitos filhos, tanto o rei Davi (Salmo 127.5) quanto Deus (Gênesis 1.28) disseram, respectivamente:
“Como é feliz o homem cuja aljava está cheia deles!”
“Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra.”
Entendia-se que para uma aljava estar cheia, ela devia conter cinco flechas. A Escritura é a favor do crescimento e das famílias grandes. Considere isto: Qualquer dívida é mais fácil de se pagar se houver um grande número de cossignatários responsáveis. A equação é semelhante ao ponto anterior: Neste caso, é menor a dívida per capita quando a população é maior. Segue-se então que os legisladores seriam sábios em incentivar o casamento de casais capazes de procriação e reprodução. Salomão, portanto, não defenderia incentivos fiscais muito maiores em relação ao mesmo?
V. INCENTIVAR A AQUISIÇÃO DE CONHECIMENTO
Em Provérbios 24.4 Salomão fala sobre o valor da educação — e como obter conhecimento está diretamente ligado à geração de riqueza:
“Pelo conhecimento os seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável.”
O sistema de educação dos Estados Unidos, com universidades de pesquisa de renome mundial, é um componente principal de sua potência econômica; o canteiro de inovações é o laboratório. Portanto, legisladores sábios irão incentivar ainda mais a educação. Leis que permitam vales e créditos fiscais para financiar mensalidades, criar concorrência e capitalização para o mesmo, que a longo prazo gera uma força de trabalho mais capacitada, mais competitiva, produtiva e eficiente. Conhecimento por meio da educação é um aspecto muito importante na criação de produtos com valor agregado — uma necessidade para o funcionamento dos dois pontos anteriores, à medida que se relacionam com o objetivo da redução da dívida nacional.
VI. INCENTIVAR A OBEDIÊNCIA A DEUS
Obviamente, a instituição do governo não pode fazer com que um indivíduo seja obediente a Deus em seu coração, mas pode incentivar a instituição que Deus constituiu para alcançar isso: a igreja.
Atente para Provérbios 8.18-21 e o que resulta da sabedoria (personificada aqui por Salomão) e da obediência a Deus:
“Comigo estão riquezas e honra, prosperidade e justiça duradouras. Meu fruto é melhor do que o ouro, do que o ouro puro; o que ofereço é superior à prata escolhida. Ando pelo caminho da retidão, pelas veredas da justiça, concedendo riqueza aos que me amam e enchendo os seus tesouros.”
As bênçãos de Deus sobre os indivíduos, bem como os tesouros de sua nação, derivam da sabedoria! E não é a busca da riqueza que faz uma grande nação, mas a busca da sabedoria. A riqueza, então, é um subproduto residual.
Grande parte do Antigo Testamento, e especialmente Salmos 1 e Josué 1, indicam uma relação definitiva entre um povo que vive em obediência aos mandamentos de Deus sendo o receptáculo de suas bênçãos. Em outras palavras, quando a primeira ação de alguém é honrar a Deus — que inclui uma boa gestão — está em posição de receber suas bênçãos. Para aumentar a sua perspicácia na administração, faça a si mesmo estas perguntas, quando deparar-se com decisões financeiras:
É SÁBIO? NÃO É EGOÍSTA? É RESPONSÁVEL?
Estas perguntas simples podem ajudar a tomar decisões financeiras boas e prudentes que irão abençoá-lo e fazê-lo prosperar tanto pessoalmente como nos assuntos do estado. É a obediência a Deus, e não as riquezas, que precisa ser o foco claro de uma nação que Deus determina abençoar. Observe Provérbios 11.28:
“Quem confia em suas riquezas certamente cairá, mas os justos florescerão como a folhagem verdejante.”
Mais uma vez, são as consequências da justiça que produzem riqueza, não a busca da riqueza. Esta é a mesma ideia proferida por Jesus nas beatitudes. Observe Mateus 5.6:
“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos.”
A satisfação na vida não é adquirida pela busca da satisfação; ela é, também, o resultado de perseguir a retidão. Mais uma vez, o maior objetivo de uma nação deve ser a retidão, não a riqueza. Veja ainda Provérbios 13.13,21:
“Quem zomba da instrução pagará por ela, mas aquele que respeita o mandamento será recompensado.”
“O infortúnio persegue o pecador, mas a prosperidade é a recompensa do justo.”
Estes provérbios são semelhantes a outro bastante conhecido que diz “a justiça engrandece a nação” (Provérbios 14.34). Os Estados Unidos têm sido abençoados porque historicamente reverenciaram os mandamentos de Deus. E Salomão aconselharia os legisladores hoje a incentivar as instituições religiosas por meio de dedução de imposto e outros meios criativos, a fim de encorajar tais instituições a evangelizar, restaurar, formar e acompanhar cidadãos de caráter – com certeza, não retirem o status de isenção de impostos!
Fazer isso danificaria uma estrutura básica e necessária na sociedade americana. Salomão atesta nesses provérbios que, sem cidadãos de caráter, um país nunca irá prosperar (ou sair da dívida). E uma vez que a instituição do governo não está equipada para trabalhar no caráter interior dos cidadãos (a igreja é causal e o governo, reflexivo), ela deve, portanto, incentivar todas as organizações sem fins lucrativos para o seu próprio bem e aperfeiçoamento.
Esta necessidade crítica e perspectiva de incentivo à obediência a Deus é ampliada e esclarecida ainda mais por Salomão em Provérbios 28.2:
“Os pecados de uma nação fazem mudar sempre os seus governantes, mas a ordem se mantém com um líder sábio e sensato.”
Esta é uma percepção muito profunda. Existe uma inegável relação de causa e efeito entre a transgressão geral (ou a retidão) de uma nação (Provérbios 14.34) e os líderes que Deus decide lhe dar. (Tenha em mente Salmos 75.7, que diz: “É Deus quem julga: Humilha a um, a outro exalta”. Cf. Atos 17.26). Este é o princípio da semeadura aplicado nacionalmente: Salomão diz que quando uma nação como um todo, ou seja, sua cultura, está determinada a transgrediros caminhos de Deus, acabará com líderes que não são sábios nem sensatos. Isso é certamente o que tem acontecido nos Estados Unidos hoje em dia. Outra maneira simples e clara de dizer isso é:
UMA NAÇÃO E SEU POVO TÊM O QUE MERECE
Deus tudo vê. Podemos então concluir que legisladores são sábios quando incentivam os cidadãos de uma nação a ser obedientes a Deus. Não se engane: Uma nação desobediente acaba com líderes desobedientes que farão o pior, em vez de resolver a crise de uma dívida.
VII. LEGISLAR SOBRE AS RESERVAS DO GOVERNO
Provérbios 6.6-8 é claro sobre a sabedoria de preparar-se para o futuro – e ser um empreendedor neste sentido:
“Observe a formiga, preguiçoso, reflita nos caminhos dela e seja sábio! Ela não tem nem chefe, nem supervisor, nem governante, e ainda assim armazena as suas provisões no verão e na época da colheita ajunta o seu alimento.”
Como um indivíduo ou uma família sábia, um governo responsável deve economizar recursos para o futuro. Minha explicação favorita deste versículo é que as formigas economizam e investem habitualmente, sem que ninguém tenha que lhes mandar. A maioria de nós está familiarizada com os princípios de composição. Aqueles que têm a disciplina para poupar e investir benefício de composição – nosso dinheiro trabalha para nós, em vez de termos que trabalhar para o dinheiro. Aqueles que são tolos estão constantemente gastando além do orçamento, fazendo empréstimos e pagando juros. Por sermos um país tão abençoado em termos de renda e riqueza, devíamos possuir enormes reservas as quais recorrer na hora da tormenta – em vez de estar com um déficit enorme.
PARA ILUSTRAR A DISCIPLINA DA COMPOSIÇÃO, SE O CONGRESSO AMERICANO RESERVASSE CEM BILHÕES DE DÓLARES POR ANO, E INVESTISSE COM UM RENDIMENTO MÉDIO DE 7%, EM 40 ANOS SERIAM 1,6 TRILHÕES!
Pense no que aconteceria à economia americana se simplesmente fosse reservado esse montante todos os anos para o futuro! Ao economizar um pequena fração do rendimento do Tesouro, em apenas uma geração os impostos seriam obsoletos — tudo porque legisladores teriam levado a sério o conselho de Salomão de observar a formiga. Em um mundo assim, com tanta renda disponível, pense também em como indivíduos, famílias e igrejas teriam muito mais recursos para ajudar os pobres.
QUAL DE VOCÊS LEVARÁ NOSSA NAÇÃO A UM GRANDE DESPERTAMENTO PARA RESERVAS DO GOVERNO?
Fazer reserva monetária para o futuro é algo praticado nas instituições de Deus: Casais, famílias, empresas e ministérios sábios economizam e fazem reservas. Por que o governo também não faz o mesmo? Somente tolos gastam cada centavo e fazem empréstimos para manter seu estilo de vida. Pessoas sábias observam as formigas.
VIII. INCENTIVAR A GENEROSIDADE
A seguir, veremos textos bíblicos que revelam o coração compassivo de Deus em suprir as necessidades do pobre – e como Ele espera que auxiliemos nesta questão. Examine atentamente o contexto delas, observando que não falam que a instituição do governo deve ser responsável por suprir as necessidades dos pobres. Em vez disso, estas passagens abordam a generosidade que Deus exige de cada indivíduo — e como tal obediência leva à bênção material. Podemos então concluir que, quando uma nação está cheia de indivíduos, famílias e igrejas que Deus está abençoando, a nação toda será abençoada também.
“Quem é generoso será abençoado, pois reparte o seu pão com o pobre.” – Provérbios 22.9
“Quem dá aos pobres não passará necessidade, mas quem fecha os olhos para não vê-los sofrerá muitas maldições.”– Provérbios 28.27
“Como é feliz aquele que se interessa pelo pobre! O Senhor o livra em tempos de adversidade.” – Salmos 41.1
“Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em necessidade, não se compadecer dele, como pode permanecer nele o amor de Deus?” – 1João 3.17
Na verdade, em nenhum lugar nas Escrituras Deus ordena que o governo supra as necessidades dos pobres. Em vez disso, Ele dá essa incumbência a indivíduos, famílias e igrejas. 1Timóteo 5.8-16 é uma passagem significativa que revela a mente de Deus, por meio de seus comandos sequenciais, sobre como espera que as necessidades dos pobres sejam atendidas:
“Se alguém não cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente. (…)
Se alguma mulher crente tem viúvas em sua família, deve ajudá-las. Não seja a igreja sobrecarregada com elas, a fim de que as viúvas realmente necessitadas sejam auxiliadas.”
Observe a progressão da responsabilidade institucional no suprimento das necessidades das pessoas desprovidas (nesta passagem específica, são as viúvas).
A responsabilidade de satisfazer as necessidades do pobre recai em primeiro lugar sobre o marido em um casamento, em segundo sobre a família (se o marido for ausente) e em terceiro sobre a igreja. Mais uma vez, em nenhum texto bíblico Deus ordena que as instituições do governo ou negócios sustentem totalmente pessoas com reais necessidades. Na verdade, a Escritura afirma que o papel restrito do governo é “punir os que praticam o mal e honrar os que praticam o bem” (1Pedro 2.14; cf. Romanos 13.4). Este é o desígnio de Deus.
Podemos concluir então que os líderes do governo atendem melhor as necessidades dos pobres ao proporcionar incentivos a indivíduos, famílias e instituições sem fins lucrativos para que cumpram sua responsabilidade dada por Deus de cuidar dos pobres. (Isso ajuda a explicar por que usei a palavra “incentivo” neste estudo – incentivar instituições para que façam o que sabem fazem melhor é o meio mais eficiente para a liderança governamental de uma nação, em vez de assumir diretamente responsabilidade que não é capaz de desempenhar eficientemente). Visto que Deus abençoa a generosidade individual, se você for tomar um café com Salomão, ele aconselhará a incentivá-la – já que isso dá retorno e ajuda o país de várias maneiras.
IX. INCENTIVAR E PENALIZAR A GESTÃO ORÇAMENTAL
Uma vez que sair da dívida requer planejamento e execução consistentes em períodos de tempo que geralmente são mais longos do que os ciclos eleitorais, acho que Salomão dirá que leis autoimpostas, que incentivem um orçamento equilibrado e a criação de políticas que levem ao crescimento da economia, são coisas boas. Observe o que ele diz ao futuro líder de Israel em Provérbios 21.5:
“Os planos bem elaborados levam à fartura; mas o apressado sempre acaba na miséria.”
De fato, os responsáveis pelo orçamento deveriam atrelar sua remuneração à conquista dos alvos acima mencionados — tanto no sentido de aumento como de corte. Para ilustrar: Se o Congresso aprovasse um orçamento equilibrado e políticas que levassem a um aumento de 7% no PIB, então cada legislador deveria receber um bônus de 7% no ano fiscal seguinte. O contrário também deveria acontecer. Isso levaria a uma diligência maior no planejamento, e traria vantagens para o país.
X. SUMÁRIO
Os oito conselhos de Salomão estão mergulhados nas Escrituras. Quando liderou Israel com este tipo de sabedoria, tais conselhos foram parte da razão pela qual Israel vivia seus dias de glória. Talvez isso seja mais bem resumido nas palavras ditas pela rainha de Sabá quando visitou Israel durante o reinado de Salomão. Observe 1 Reis 10.6-9:
“Disse ela então ao rei: ‘Tudo o que ouvi em meu país acerca de tuas realizações e de tua sabedoria era verdade. Mas eu não acreditava no que diziam, até ver com os meus próprios olhos. Na realidade, não me contaram nem a metade; tu ultrapassas em muito o que ouvi, tanto em sabedoria como em riqueza. Como devem ser felizes os homens da tua corte, que continuamente estão diante de ti e ouvem a tua sabedoria! Bendito seja o Senhor, o teu Deus, que se agradou de ti e te colocou no trono de Israel. Por causa do amor eterno do Senhor para com Israel, ele te fez rei, para manter a justiça e a retidão’.”
Como a glória do antigo Israel, uma nação também pode se tornar fiscalmente estável mais uma vez, se for adotada a sabedoria bíblica a fim de domar a dívida. Isto não pode e não deve ser equiparado à renovação espiritual, que é outro assunto. E tais reformas fiscais não suprirão essa necessidade ainda maior. Aqui, então, apresentamos em resumo os oito conselhos que Salomão nos daria ao tomarmos juntos um cafezinho, se ele visitasse hoje o Congresso. Em quais você vai trabalhar para promulgar neste ano?
Estes oito princípios fundamentados da Bíblia, se promulgados, trarão as bênçãos de Deus e ajudarão a domar a besta que criamos (em grande parte por ignorar tais conselhos no passado). Que Deus lhe conceda força para a jornada, vitória e bênção pessoal e corporativa como resultado. Amém!cm