Os Benefícios Pessoais e Culturais da Veracidade
Download do Estudo BíblicoTenho certeza de que você já viveu o suficiente, como eu, para conhecer o fato de que o tempo e a verdade correm lado a lado. A verdade acaba vencendo no final.
Assim, a importância da verdade na arena política não pode ser subestimada. Acompanhe nesse estudo bíblico os provérbios que descrevem os vários benefícios de ser um homem ou uma mulher da verdade. Quando você compreender os benefícios de ser verdadeiro, em vez de mentir ou de dar falso testemunho, isso será, no mínimo, estimulante.
Continue lendo, meu amigo.
I. INTRODUÇÃO
As Escrituras falam repetidamente da importância de desenvolver um “hábito da verdade”, ou seja, investir em tornar-se alguém que sempre pensa na verdade e responde sinceramente em cada situação — mesmo quando a resposta não é benéfica. Por quê? A manutenção e a sustentação da veracidade — declarar a verdade como princípio de vida e parte do tecido moral da nossa cultura — é mais importante do que qualquer indivíduo. Observe Provérbios 3.3, que destaca a extrema importância da verdade como princípio:
“Que o amor e a fidelidade jamais o abandonem; prenda-os ao redor do seu pescoço, escreva-os na tábua do seu coração.”
Êxodo 34.7a afirma que a palavra hebraica para bondade (hesed) é uma característica fundamental de Deus:
“Que mantém o seu amor a milhares e perdoa a maldade, a rebelião e o pecado…”
Usando a mesma palavra hebraica de Provérbios 3.3, esta passagem de Êxodo ressalta o fato de que Deus é literalmente abundante em bondade ou, similarmente traduzido em outras Bíblias em inglês, amor fiel (nas versões em português, são usados os termos benignidade, bondade ou amor).
Dentro do tema desse estudo, Provérbios 3.3 afirma que devemos ser caracterizados pela verdade — e ela deve ser associada à bondade. A palavra hebraica para verdade é emet. Em João 14.6, Jesus afirma que a verdade é também uma característica inerente do próprio Deus:
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida…”
Deus espera que as mesmas qualidades que o caracterizam se manifestem em nós. Isso é compatível com o fato de sermos criados à imagem dele. Além disso, a linguagem metafórica e a de Provérbios 3.3, que fala sobre o coração de um indivíduo, retrata a necessidade visceral e habitual da exposição contínua de bondade e verdade simultaneamente.
Um estudo bíblico sobre a verdade requer uma introdução como a feita acima, ressaltando a importância e a necessidade do amor e da bondade. Ter a verdade sem amor é ser “… como o sino que ressoa ou como o prato que retine”, de acordo com 1Coríntios 13.1:
“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine.”
Maduro em Cristo é o cristão que possui as duas virtudes, e pobre é o testemunho daquele que declara a verdade bíblica sem exercer sensibilidade. Deus é abundante em bondade, bem como em veracidade.
II. VERACIDADE: O QUE ELA EXIGE DE VOCÊ?
Tendo estabelecido a necessidade básica de que a bondade e a verdade coexistam na alma do homem, observe, além disso, a admoestação de Provérbios 4.24:
“Afaste da sua boca as palavras perversas; fique longe dos seus lábios a maldade.”
O engano e a desonestidade, visto estarem longe da natureza de Deus, devem estar longe da nossa natureza. A ideia de “maldade nos lábios” — discurso oposto ao discurso bondoso e verdadeiro — inclui fofocas, calúnias ou danos à outra pessoa, que englobam a ideia do nono mandamento declarado em Êxodo 20.16: “Não darás falso testemunho contra o teu próximo”. Mais adiante Salomão inculca esta mesma ideia em seu filho, Roboão – futuro governante de Israel, que um dia seria encarregado de conduzir a nação — afirmando em Provérbios 23.23:
“Compre a verdade e não abra mão dela, nem tampouco da sabedoria, da disciplina e do discernimento.”
Muitas vezes as pessoas não compram a verdade e, em vez disso, vendem-na na arena política por razões de conveniência. Como é triste ver a venda frequente da verdade na atmosfera extremamente competitiva das eleições! Provérbios 28.6 nos ajuda a não sucumbir a tais pressões:
“Melhor é o pobre íntegro em sua conduta do que o rico perverso em seus caminhos.”
O desejo de ser rico vai além de obter riqueza monetária. Frequentemente em nossa cultura tem a ver com poder e galgar degraus na carreira, como ser eleito a um cargo público. Não sacrifique a verdade e a integridade pessoal no altar da conveniência política. Tal pressa no momento da batalha não é benéfica a longo prazo, porque o tempo e a verdade correm de mãos dadas.
CONSIDERE A VERDADE COMO MAIS VALIOSA DO QUE VOCÊ MESMO E SUA CARREIRA
Mas receio que esta ideia esteja em grande parte perdida hoje em dia. Será que vencer as próximas eleições é o maior bem de sua carreira? A verdade deve ser submetida a isso? Que não seja assim; Deus honrará você por ser uma pessoa de princípios em detrimento das conveniências. Empenhe-se em ser alguém da verdade hoje. Pense nisso desta forma nos termos específicos de uma eleição: ser sincero hoje pode me custar uma eleição, mas ao fazê-lo, posso me preparar para o que Deus tem reservado para mim. Isto é o que a verdade exige de mim.
III. VERACIDADE: O QUE ELA FAZ POR VOCÊ?
Às vezes, ser sincero custa caro, mas Deus honra a veracidade. Apresentamos a seguir alguns desses benefícios.
A. BONS RELACIONAMENTOS COM OS OUTROS
“Com amor e fidelidade se faz expiação pelo pecado; com o temor do Senhor o homem evita o mal.” Provérbios 16.6
A palavra hebraica para expiar (kaphar) pode ser traduzida como “coberto” ou “fazer a propiciação em favor de”. Contextualmente, a palavra está sendo usada em um sentido horizontal das relações dos homens entre si. Pense nisso semelhantemente ao contexto de homem para homem de Provérbios 10.12: “O ódio provoca dissensão, mas o amor cobre todos os pecados”. Alguém evita o desastre indevido nas relações pessoais pela fala e pelas ações características e simultâneas das mesmas palavras usadas em Provérbios 3.3: “amor” e “fidelidade”. É por meio do temor do Senhorque alguém é motivado a não se comportar de forma pecaminosa — sendo rude ou mentindo — nas relações interpessoais.
COMPORTAR-SE DE FORMA PECAMINOSA LEVA AO DESASTRE RELACIONAL!1
Por outro lado, proporcional ao seu amor e veracidade habituais é o seu sucesso no relacionamento interpessoal.
B. INTIMIDADE COM DEUS
Provérbios 12.22 diz:
“O Senhor odeia os lábios mentirosos, mas se deleita com os que falam a verdade.”
A palavra hebraica para verdade (emunah) neste versículo significa “firmeza e solidez”. Em outras palavras, aprender a falar a verdade firme e consistentemente é encontrar deleite em Deus. Sem dúvida isso exige coragem. Quão firme você está em falar a verdade? Contudo, faz isso com bondade? Quanta tensão e equilíbrio isto exige! Pessoalmente, eu gostaria de ser melhor nisso.
E ainda Provérbios 3.32 afirma:
“Pois o Senhor detesta o perverso, mas o justo é seu grande amigo.”
A palavra em inglês para perverso (devious) vem da raiz “desviar”, que significa “desviar-se de um curso direito, aceito ou comum: desgarrar-se”.2 É também uma tradução inglesa adequada para a palavra hebraica luz e poderia ser traduzida como “desviado”. Deus considera que as pessoas que desviam a verdade, que a distorcem, são abomináveis, detestáveis. Observe que estes dois provérbios conectam “lábios mentirosos” e “perversos”, respectivamente, a não ter prazer e intimidade com Deus. Se você quer possuir e desfrutar de prazer e intimidade com Deus, deve ser sincero.
NA ARENA POLÍTICA AS PESSOAS DEVEM BUSCAR ARDENTEMENTE A VERDADE, CONDENANDO FIRMEMENTE TODA E QUALQUER FORMA DE DESVIO, PARA EXPERIMENTAR A PROXIMIDADE COM DEUS
A fonte suprema da verdade é a Bíblia. A Palavra de Deus é o árbitro final historicamente confiável quanto ao que é verdadeiro. Mais uma vez, Jesus não só sublinha o tesouro da verdade, mas o personifica em João 14.6, quando afirma: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida…”. É preciso, portanto, tornar-se um estudante da Bíblia para desenvolver-se na veracidade, a fim de ser cada vez mais agradável a Deus. Lembre-se, há um dia do julgamento que vem para o cristão e o incrédulo, onde todos responderão pelo desvio da verdade.
Provérbios 14.2 acrescenta:
“Quem anda direito teme o Senhor, mas quem segue caminhos enganosos o despreza.”
Observar a verdade não só beneficia relacionamentos pessoais e intimidade com Deus, mas aumenta o senso de integridade pessoal.
C. INTEGRIDADE PESSOAL
Salomão personifica a sabedoria em Provérbios 8. Enquanto a define, ele aponta outras características de pessoas sábias em Provérbios 8.7-8:
“Minha boca fala a verdade, pois a maldade causa repulsa aos meus lábios. Todas as minhas palavras são justas; nenhuma delas é distorcida ou perversa.”
A pessoa sábia não somente fala a verdade, mas também pensa no que é justo. Este é o sinal de um cristão maduro — um padrão de pensamento disciplinado que treinou suas faculdades cerebrais por meio de um contínuo e repetido aprisionamento de pensamentos e motivos pecaminosos. A teologia bíblica do cristão maduro serve para informá-lo da existência da natureza caída dentro dele. Portanto, ele forma disciplinas mentais para não ceder a essa natureza caída, para mortificá-la, ciente de que ainda a possui, embora Jesus Cristo esteja no processo de santificá-lo.
VOCÊ TOMA O CUIDADO, MUITAS VEZES NECESSÁRIO, DE APRISIONAR MENTALMENTE SUA NATUREZA PECAMINOSA E SUA PROPENSÃO PARA OS MAUS PENSAMENTOS?
Provérbios 17.20 retrata a necessidade de formar este hábito:
“O homem de coração perverso não prospera, e o de língua enganosa cai na desgraça.”
É impossível alguém alcançar a integridade pessoal se tiver uma mente corrompida (coração perverso). E ter a mente corrompida é o solo fértil da língua enganosa — e ambos são precursores, divisores de águas para cair na desgraça. Arranque as coisas más pela raiz e será mais fácil manter um senso de integridade pessoal. Não adie, do contrário será tarde demais. Mais uma vez, não ceda à sua natureza caída. Em vez disso, mortifique-a.
D. BONDADE E VERDADE
Com o quarto atributo, a veracidade, vem a bondade e a verdade. Ao observá-las, você as receberá. Tudo o que vai, volta!
Com certeza refletir antes de agir é um aspecto determinante do sucesso ou fracasso relacional. Decidir de antemão fazer o bem ou o mal é a ideia contida em Provérbios 14.22:
“Não é certo que se perdem os que só pensam no mal? Mas os que planejam o bem encontram amor e fidelidade.”
Amor e fidelidade se acumulam àquele que planeja ser bom para com o outro. “Deem, e lhes será dado...”, afirma Lucas 6.38. “O que o homem semear, isso também colherá”, acrescenta Gálatas 6.7.
E. LONGEVIDADE E PERSEVERANÇA
O quinto benefício de ser verdadeiro é a longevidade e a perseverança. Provérbios 12.19 diz:
“Os lábios que dizem a verdade permanecem para sempre, mas a língua mentirosa dura apenas um instante.”
Como afirmei no início deste estudo, “o tempo e a verdade correm de mãos dadas” e a mentira é eventualmente descoberta. A verdade, no entanto, perdura. “A verdade traz em si não só a ideia de veracidade e precisão, mas também de durabilidade, permanência e confiabilidade”,3 afirma um proeminente comentarista de Provérbios.
SE VOCÊ DESEJA PERMANECER POR MUITO TEMPO EM SEU CARGO, TORNE UM HÁBITO DIZER SEMPRE A VERDADE.
Não oculte as coisas para se beneficiar. Isso será descoberto, especialmente nas eleições, quando a oposição intensifica as pesquisas e investigações.
F. COMPORTAMENTO ADMIRÁVEL
Em Provérbios 21.8 vemos:
“O caminho do culpado é tortuoso, mas a conduta do inocente é reta.”
A conduta refere-se à forma de agir e ao trabalho do indivíduo. Ela evidencia sua integridade pessoal ou a falta dela. Um comportamento tortuoso evidencia alguém que é culpado de algo, enquanto o comportamento reto aponta para a consciência limpa. O primeiro tem coisas a esconder e, o segundo, não. É mais fácil viver sem esconder as coisas. Um benefício maravilhoso de tornar a veracidade algo habitual é o comportamento admirável compatível que vem como resultado. O técnico Wooden tinha outra maneira de dizer isso: “Trabalhe no seu caráter, não na sua reputação”. A ideia deve ter sido retirada de Provérbios 28.6.
G. INFORMAÇÕES PRECISAS
Provérbios 22.21 integra uma série conhecida como “os provérbios dos sábios”. O texto fala sobre a habilidade de se tornar um emissor preciso da verdade aos outros:
“Ensinando-lhe palavras dignas de confiança, para que você responda com a verdade a quem o enviou?”
Em uma época de grande vazio em relação a materiais escritos, a comunicação verbal da verdade era profundamente importante. A confiança em um mensageiro é mencionada quatro vezes em Provérbios (10.26; 13.17; 25.13; 26.6). O portador devia continuamente evitar o exagero e ocupar-se da certeza. Tal disciplina fazia parte do conjunto de ser uma pessoa verdadeira. Alguém que diz sempre a verdade, tanto no passado quanto atualmente, precisa transmitir com precisão o que lhe é dito por outra pessoa. Estar comprometido com a verdade fará de você alguém cada vez mais envolvido em manter e manifestar a exatidão e a precisão.
Estas são, então, as sete virtudes — sete tesouros triunfais da veracidade — que serão revertidas em seu benefício se você decidir ser um homem ou mulher de veracidade.
IV. VERACIDADE: COMO ELA O DEFENDE?
Longman, em seu excelente comentário sobre Provérbios, afirma: “É por meio… da fidelidade constante, entre todas as partes envolvidas, que um governo produtivo pode concretizar-se, e o próprio rei pode evitar a usurpação”.4 Esta é a explicação que ele oferece de Provérbios 20.28:
“A bondade e a fidelidade preservam o rei; por sua bondade ele dá firmeza ao seu trono.”
Isto é o que a veracidade pode fazer por quem detém um cargo público — e pela saúde geral da nossa cultura.
A ESTABILIDADE DO GOVERNO REPOUSA PRINCIPALMENTE SOBRE A LEALDADE E A VERACIDADE DOS QUE GOVERNAM
“O que o rei exige dos cidadãos (cf. Provérbios 20.8,26) também deve exigir de si mesmo, pois Deus certamente o faz”.5 Kitchen afirma, em seu comentário igualmente extraordinário sobre Provérbios: “É tanto pelo estrito apego à verdade, quanto pelo compromisso apaixonado e compassivo para com Deus e seu povo, que o rei conquista a lealdade. Ao buscar essas qualidades nas relações com seus súditos ele imita o próprio governo de Deus”.6 É exatamente isso que Salomão está transmitindo a Roboão — e a você — neste provérbio. Obviamente nossa nação não é hoje uma terra de reis, mas o princípio ainda se aplica aos eleitos para cargos políticos.
Como a verdade irá defendê-lo? Salmo 89.14 diz, em relação ao Reino de Deus: “A retidão e a justiça são os alicerces do teu trono; o amor e a fidelidade vão à tua frente”. Esse é o padrão que todos no governo devem aspirar. Tal paixão pela verdade preserva o titular no cargo público. Observe o mesmo princípio de permanência resultante da ação de dizer a verdade, em Provérbios 21.28:
“A testemunha falsa perecerá, mas o testemunho do homem bem informado permanecerá.”
Diversos outros Provérbios contêm princípios que promovem a manutenção, o estabelecimento e a longevidade de quem deseja permanecer na arena política. E um deles é esse, referente a ser verdadeiro em todos os momentos.
Além da virtude da veracidade ser um fator para a permanência de alguém no poder, eis outros quatro mencionados por Salomão a seu filho que seria o próximo rei. Observe a repetição da ideia de estabelecimento (kun), significando “ser firme”, que segue ao longo dos provérbios. De fato, a palavra para “estabelecido” é usada 25 vezes no Antigo Testamento em relação ao estabelecimento de uma dinastia.7
QUAIS SÃO AS QUATRO CHAVES ADICIONAIS PARA FIRMAR-SE NO CARGO PÚBLICO, DE ACORDO COM O LIVRO DE PROVÉRBIOS?
A. FAZER JUSTIÇA AO OPRIMIDO
Como o líder trata aquele que não pode encher seu bolso, ganhar sua atenção ou prejudicar sua agenda fala muito sobre o seu caráter. Quando Deus encontra uma pessoa que é justa e sincera com os oprimidos, promete-lhe segurança. Veja Provérbios 29.14:
“Se o rei julga os pobres com justiça, seu trono estará sempre seguro.”
Ser justo com o oprimido não somente promove segurança pessoal, mas também estabiliza o país. Provérbios 29.4 afirma: “O rei que exerce a justiça dá estabilidade ao país, mas o que gosta de subornos o leva à ruína.”
B. DETESTAR A INIQUIDADE
Se Deus estabelece governantes, e o faz de acordo com Romanos 13.1, então Provérbios 16.12 oferece uma visão adicional sobre como manter Deus satisfeito com essa nomeação:
“Os reis detestam a prática da maldade, porquanto o trono se firma pela justiça.”
EM PRINCÍPIO, ESCOLHER O CAMINHO DA RETIDÃO É ESCOLHER A MANEIRA DE PERMANECER EM SEU CARGO
Não é preciso ir longe na história para ver a ação de Deus na remoção de pessoas ímpias de cargos eletivos, por meio de Sua orquestração dos eleitores.
C. REMOVER CONSELHEIROS ÍMPIOS
Além de ser verdadeiro, a fim de estabelecer-se na arena política, a terceira visão bíblica para alcançar o favor de Deus enquanto no cargo é revelada em Provérbios 25.5:
“Quando os ímpios são retirados da presença do rei, a justiça firma o seu trono.”
Roboão, a quem Salomão escreveu este provérbio, é o exemplo clássico de alguém que não o observou. Ele se recusou a ouvir os conselheiros certos em seu reinado. Ele preferiu “coleguinhas” em vez de profissionais experientes e aprovados por seu pai. Este fato o levou à terrível ruína. É bem importante retirar os injustos e desleais de perto dos líderes. Ao fazer isso, ganha-se longevidade na liderança. Não subestime o efeito prejudicial que uma equipe ruim pode ter em você ao tentar alcançar seus propósitos.
D. DETER A OPRESSÃO E O GANHO DESONESTO
Ninguém precisa ser convencido de que a corrupção é nociva. E ainda assim, essas práticas determinam o curso de muitos líderes e governos atualmente. Veja Provérbios 28.16:
“O governante sem discernimento aumenta as opressões, mas os que odeiam o ganho desonesto prolongarão o seu governo.”
Se o princípio deste provérbio é exato, os desonestos serão removidos do poder. O tempo e a verdade andam de mãos dadas. O prolongamento do governo de um líder está relacionado à sua integridade em relação a subornos — sejam eles diretos ou indiretos.
Então, eis aqui quatro visões bíblicas muito perspicazes que se relacionam com a forma de agradar a Deus e manter sua bênção quanto a ser nomeado para servir no governo, além de ser verdadeiro, fazer justiça ao oprimido, detestar a iniquidade, remover conselheiros ímpios e deter a opressão e o ganho desonesto. Deus honrará e estabelecerá governantes que observarem essas quatro virtudes adicionais.
V. CONCLUSÃO
A veracidade é parte da própria natureza de Deus. Jesus manifestará uma governança perfeitamente verdadeira quando voltar para governar o mundo. E mesmo que vivamos atualmente em um mundo caído, todos os líderes devem ser motivados pelo temor a Deus e pelos benefícios listados aqui para disciplinar-se a pensar, falar e agir de modo verdadeiro. Para encerrar, Provérbios 30.7-8 é bem apropriado:
“Duas coisas peço que me dês antes que eu morra: ‘Mantém longe de mim a falsidade e a mentira; Não me dês nem pobreza nem riqueza; dá-me apenas o alimento necessário’.”
Todos nós podemos ser facilmente enganados. Muitas vezes pensamos que somos mais espertos do que realmente somos, mas é possível desconhecer a falsidade ou o engano das outras pessoas. Neste provérbio, Salomão ora pela proteção de Deus de si mesmo: para não ficar vazio da verdade. Que o mesmo se aplique a nós e que esta seja a sua e a minha oração — e que a virtude da verdade continue a ser um aspecto vital da nossa cultura!cm
1 Kitchen, John A. A Mentor Commentary on Proverbs (Escócia: Christian Focus Publications, 2006), p. 354.
2 Merriam and Webster, Unabridged Dictionary, Electronic Edition, version 2.5, 2000.
3 Whybray, R. N. Proverbs (Grand Rapids: Eerdmans, 1994), p. 197.
4 LongmanIII, TemperProverbs, BakerCommentaryonthe Old Testament (Grand Rapids: Baker Academic, 2006) p. 385.
5 Cozinha,458.
6 Ibid.
7 Oswalt, John N., ‘kun,’ Theological Wordbook of the Old Testament (Chicago: Moody Press, 1980) 1:433-34.