Todos os Caminhos Levam ao Céu? Uma Análise Aprofundada do Universalismo
Download do Estudo BíblicoO pai do Universalismo na América é Nels Ferré. Nascido na Suécia, ele era filho de um pregador batista muito conservador. Em sua autobiografia, ele cita a forma como seu pai lhe respondeu autoritária e rapidamente quando o questionou sobre a expiação limitada – doutrina que afirma que Cristo morreu apenas pelos escolhidos. A resposta curta e insuficiente de seu pai foi: “Não devemos questionar a Deus”.
Essa resposta não foi satisfatória para Ferré e, assim, ele descartou a visão histórica da Igreja e fundou sua própria teologia que enfatizava o atributo de Deus do amor.
Ele chegou a ponto de questionar se Jesus sequer ensinou a expiação limitada. Assim, ele distorceu passagens como Deus… o Salvador de todos os homens, especialmente dos que creem (1Timóteo 4.10) para se adequar às suas próprias crenças. O guarda-chuva do “amor de Deus”, para usar a mesma figura que ele usa em um de seus livros (The Sun and the Umbrella), domina todos os escritos teológicos de Ferré.
Vamos aprender mais sobre isso. Continue lendo, meu amigo,
Continue lendo, meu amigo!
I. INTRODUÇÃO
A expiação limitada — ideia de que Cristo morreu apenas pelos escolhidos — é um dos cinco pontos do calvinismo. A Bíblia afirma claramente que Deus oferece, de forma sincera, salvação a todos. Mas, ao mesmo tempo, as Escrituras afirmam a expiação limitada.
Em Efésios 5.25 o apóstolo Paulo afirma: Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se a si mesmo por ela. Esta passagem diz especificamente que Cristo se entregou por ela — “ela”, no caso, sendo a Igreja, os crentes, os escolhidos. A passagem não diz que ele se entregou por todas as pessoas.1
Se a expiação limitada não fosse a doutrina afirmada pela Bíblia, então a analogia paulina da Igreja como a noiva de Cristo é insustentável. Isso pode parecer contraditório para a mente pecaminosa e limitada do homem, mas não é incongruente na mente e no ponto de vista de Deus.
O Universalismo é a crença religiosa de que todos serão salvos. Os universalistas acreditam que haverá a expiação universal. Em outras palavras, no fim das contas, a expiação de Cristo não é limitada, mas ilimitada. Note isso no livro de Richard Eddy, Universalism in America: A History:
“A teoria da oportunidade explícita e universal defende que todos terão a chance de ouvir o evangelho de forma aberta ou explícita. Aqueles que de fato não o ouvirem durante a vida na Terra terão uma oportunidade no futuro. Haverá uma segunda chance. Após a morte, eles poderão ouvir.”2
Karl Barth, o famoso teólogo neo-ortodoxo e universalista suíço, já falecido, nos fornece mais informações sobre a mentalidade do universalista:
“A teoria do perdão universal sustenta que Deus, sendo um Deus amoroso, não se apegará tão firmemente às condições que estabeleceu. Embora tenha ameaçado a condenação eterna para todos aqueles que não o aceitarem, Ele vai, no fim dos tempos, ceder e perdoar a todos.”
Tanto Barth quanto Ferré não se apegaram à inerrância propriamente dita, o que lhes permitiu brincar livremente com o ensino claro e consistente das Escrituras em relação à expiação limitada.
AO ELEVAR SEU PRÓPRIO PENSAMENTO ILUDIDO ACIMA DO CLARO SIGNIFICADO DA PALAVRA DE DEUS, AQUELES QUE DISTORCEM AS ESCRITURAS SÃO CAPAZES DE RACIONALIZAR SUAS NOÇÕES PRÉ-CONCEBIDAS – NESTE CASO, COMO DEUS DEVE LIDAR COM TODA A HUMANIDADE
Em vez de permitir que as Escrituras falassem por si mesmas e de alinhar suas opiniões pessoais com os ensinamentos fidedignos da Bíblia, a doutrina frouxa de Barth e Ferré os levou a abusar de passagens como 2Coríntios 5.18, em uma tentativa de justificar sua teologia distorcida. Leia a passagem nesse contexto:
“Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação…”
Será que essa passagem serve para justificar o Universalismo? Não. Ao considerar esse versículo em seu contexto, Paulo está escrevendo aos cristãos da igreja de Corinto, e todas as passagens anteriores no capítulo 5 indicam claramente que sua declaração em 5.18 é expressamente direcionada aos seguidores de Cristo: Portanto, a referência a nós na passagem é uma clara referência àqueles que se renderam ao senhorio de Cristo; e não uma menção a toda a humanidade como Barth e Ferré quiseram fazer parecer. Essas tentativas de interpretação elevam a mente humana no mesmo nível, senão acima, da autoridade da Palavra de Deus; como se o pensamento do homem pudesse sobrepujar as intenções que Deus revelou na Palavra.
Como observa o teólogo conservador J. I. Packer, não se pode subjugar as Escrituras em prol das demandas da lógica humana porque a mente do homem é pecaminosa (o efeito noético da Queda) e limitada. Por ser falha, corrompida, a lógica humana deve sempre manter-se submissa às demandas das Escrituras.3
O Universalismo Unitário é a principal denominação americana que defende essa crença. Sua hermenêutica controladora não se limita apenas às Escrituras; em vez disso, eles acreditam que a razão e a experiência humana devem ser a autoridade final na determinação da verdade espiritual. Esse pensamento é frequentemente considerado aceitável na cultura cada vez mais pós-moderna de certas igrejas. Na verdade, é muito comum testemunhar “cristãos” lendo suas ideias nas Escrituras e, em seguida, para justificar seus pensamentos preconcebidos, tirando passagens do contexto.
Em sentido mais amplo de aplicação quanto a este ponto, em todas as questões de fé e prática, você submete suas ideias preconcebidas, crenças políticas e ações manifestas à autoridade da Palavra de Deus, ou a Palavra de Deus é secundária às opiniões do “Dr. Achismo”?
II. O UNIVERSALISMO DELINEADO
Nels Ferré nunca alegou entender como Deus realmente realizará ou cumprirá a salvação universal porque as Escrituras não abordam isso em nenhum momento. Portanto, é impossível encontrar passagens que apoiem o modo como Deus faria uma “reforma” em todos. Sem quaisquer referências bíblicas quanto a essa “segunda chance”, Ferré ensinou que as pessoas devem simplesmente aceitar o fato de que isso ocorrerá. (E devo acrescentar, que conveniente!)
Sem quaisquer detalhes sobre como Deus faria isso, Ferré cita as passagens a seguir na tentativa de apoiar sua premissa básica com as Escrituras. Vamos analisar atentamente cada uma delas e buscar entender seu contexto — em vez de cair de paraquedas sobre elas, como fazem os universalistas – de modo a entender melhor a intenção autoral de cada um que escreveu sob a inspiração do Espírito Santo.
A. ROMANOS 5.18
“Consequentemente, assim como uma só transgressão resultou na condenação de todos os homens, assim também um só ato de justiça resultou na justificação que traz vida a todos os homens.”
Anteriormente, em Romanos, Paulo é objetivo ao dizer que a salvação só ocorre por intermédio da fé em Jesus Cristo (cf. 1.16-17, 3.22, 3.28, 4.5, 4.13). Portanto, essa passagem não pode significar que todos serão salvos. Todos, no contexto acima, refere-se aos crentes. Assim como Paulo faz uso contrastante da palavra “muitos”, encontrada alguns versos antes em Romanos 5.15, ele está simplesmente incorporando um recurso literário do hebraico chamado “paralelismo”, ao fazer uso de contrastes paralelos com a palavra todos. A ideia contextual, então, ao ler toda a epístola em vez de cair de paraquedas em um trecho isolado, é que a salvação de Cristo está disponível a todos os que nele crerem.
B. HEBREUS 2.9
“Vemos, todavia, aquele que por um pouco foi feito menor do que os anjos, Jesus, coroado de honra e glória por ter sofrido a morte, para que, pela graça de Deus, em favor de todos, experimentasse a morte.”
Mais uma vez, o contexto – proveniente da leitura integral da carta – implica que, pela graça de Deus, em favor de todos, [Jesus] experimentasse a morte traz a ideia implícita de “quem crê nele”.
É possível criar e justificar qualquer teologia distorcida citando algumas passagens bíblicas fora de contexto. (Em relação a outros assuntos, quantas vezes você já não ouviu alguém no parlamento distorcer as Escrituras para justificar sua ideia preconcebida? Esta é uma prática comum em uma cultura cada vez mais biblicamente analfabeta.) Na ciência da Hermenêutica isso é conhecido como eisegese, ou seja, a prática de interpretar noções preconcebidas em uma passagem. Tais práticas são comuns entre líderes de seitas e demais pessoas que distorcem as Escrituras.
ESSES CASOS SE ASSEMELHAM À SITUAÇÃO DE GRAVAR UMA LONGA ENTREVISTA DE TV OU RÁDIO APENAS PARA QUE O PRODUTOR RECORTE UM TRECHO FORA DE CONTEXTO QUE SIRVA AOS PROPÓSITOS DELE ÀS SUAS CUSTAS
Um dos princípios interpretativos mais importantes das Escrituras ou qualquer outro documento nesse cenário é o contexto! As passagens precisam ser interpretadas pelo que as rodeia, e não arrancadas de seu meio.
C. 1TIMÓTEO 4.10
“Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo, o Salvador de todos os homens, especialmente dos que creem.”
Como já vimos, devido ao enorme número de passagens nas Escrituras delineando que nem todos serão salvos (cf. Mateus 3.1-2, 4.17, 11.28, João 5.40, 6.37, entre muitos outras), esta passagem não pode significar o oposto. Em vez disso, ensina que todos os homens se beneficiam, mesmo os incrédulos, da obra do Salvador, menos no sentido mais completo destinado àqueles que creem e são salvos. Tanto os salvos quanto os incrédulos experimentam a bondade de Deus num sentido presente, terreno. Por exemplo, a graça comum de Deus sobre toda a humanidade restringe o pecado por meio de sua instituição ordenada de governo. A beleza criacional de Deus é desfrutada por todos; a experiência de se apaixonar pode ser desfrutada por todos, etc. Esta passagem não está sugerindo a salvação universal, mas sim que Deus tenciona que sua graça comum (em oposição à sua graça salvadora) seja apreciada por todos. A ideia aqui é que Jesus ainda é o Salvador de todos os homens, independentemente de um indivíduo optar por concordar com isso, voluntariamente se arrepender e voltar-se para ele.
As passagens acima não contradizem as Escrituras e, na verdade, como vimos, podem facilmente concordar com elas. Millard Erickson, em seu livro intitulado Teologia Sistemática, fala da importância de sintetizar textos bíblicos aparentemente contraditórios com o restante das Escrituras:
“Se quisermos fazer teologia sistemática, no entanto, devemos considerar também aqueles textos que sugerem uma conclusão oposta e, em seguida, tentar conciliar o material aparentemente contraditório. Há muitos textos que parecem contradizer o Universalismo.”4
III. O UNIVERSALISMO DENUNCIADO
Apresentamos agora alguns textos bíblicos que refutam diretamente o Universalismo. Eles falam por si mesmos e não precisam de explicação; suas proclamações são claras.
A. MATEUS 25.46
“E estes irão para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna”.
B. JOÃO 3.16
“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”.
C. JOÃO 5.28-29
“Não fiquem admirados com isto, pois está chegando a hora em que todos os que estiverem nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão; os que fizeram o bem ressuscitarão para a vida, e os que fizeram o mal ressuscitarão para serem condenados”.
D. ROMANOS 9.22
E se Deus, querendo mostrar a sua ira e tornar conhecido o seu poder, suportou com grande paciência os vasos de sua ira, preparados para destruição?
Várias outras passagens poderiam ser citadas para desbancar a hermenêutica universalista. Na verdade:
HÁ MUITO MAIS PASSAGENS PROCLAMANDO QUE ALGUMAS PESSOAS SERÃO ETERNAMENTE SEPARADAS DE DEUS DO QUE HÁ PASSAGENS QUE PODEM PARECER SUGERIR QUE TODOS SERÃO SALVOS
Lembre-se, passagens que aparentemente sugerem uma salvação universal estão sendo tiradas de contexto. As Escrituras não se contradizem.
A maneira como o universalista lida com essas passagens é descrevendo-as como se retratassem uma situação hipotética, ao invés de um cenário realista. Essa técnica hermenêutica, no entanto, deixa muito a desejar porque o contexto das passagens mencionadas anteriormente simplesmente não leva a sugerir uma situação hipotética.
Além disso, a posição universalista é muito prejudicada pelas passagens que afirmam que algumas pessoas serão realmente perdidas. Veja algumas delas a seguir.
IV. O UNIVERSALISMO REJEITADO
A. MATEUS 8.12
“Mas os súditos do Reino serão lançados para fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes”.
B. MATEUS 25.41-46
“Então ele dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Malditos, apartem-se de mim para o fogo eterno, preparado para o diabo e os seus anjos. Pois eu tive fome, e vocês não me deram de comer; tive sede, e nada me deram para beber; fui estrangeiro, e vocês não me acolheram; necessitei de roupas, e vocês não me vestiram; estive enfermo e preso, e vocês não me visitaram’. Eles também responderão: ‘Senhor, quando te vimos com fome ou com sede ou estrangeiro ou necessitado de roupas ou enfermo ou preso, e não te ajudamos?’ Ele responderá: ‘Digo-lhes a verdade: o que vocês deixaram de fazer a alguns destes mais pequeninos, também a mim deixaram de fazê-lo’. E estes irão para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna”.
C. JOÃO 5.28-29
“Não fiquem admirados com isto, pois está chegando a hora em que todos os que estiverem nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão; os que fizeram o bem ressuscitarão para a vida, e os que fizeram o mal ressuscitarão para serem condenados.”
Essas e outras passagens claramente descartam a ideia teológica de uma expiação universal, de que todos, de um jeito ou de outro, ainda acabarão salvos nas boas graças de Deus. Uma boa maneira resumida de ver o ensino das Escrituras e o erro do Universalismo é esta citação de um teólogo não-apóstata:
“Nem todos serão salvos. Esta não é uma conclusão que afirmamos com satisfação, mas é a mais fiel à totalidade do testemunho bíblico. Tal verdade deve estimular o esforço evangelístico.”
V. A “SEGUNDA CHANCE” DOS UNIVERSALISTAS
SE DEUS DISPONIBILIZA A TODAS AS PESSOAS UMA SEGUNDA OPORTUNIDADE APÓS A MORTE, ENTÃO PODEMOS CONCLUIR QUE CRISTO MORREU EM VÃO E NÃO HÁ RAZÃO PARA, EM VIDA, SE ARREPENDER E CRER
Além disso, o que se aplica às nossas vidas cotidianas é exatamente o oposto! O verdadeiro crente deve ser levado a refletir, a partir das afirmações do Universalismo quando comparado às Escrituras – que as pessoas estão caminhando rumo a uma eternidade separada de Deus, sem segunda chance! Tal percepção traz a necessidade de compartilhar a mensagem da salvação com todos! Romanos 10.14 ressalta:
Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não houver quem pregue?
Esta é a demanda adequada da expiação limitada: Você e eu não sabemos a quem Deus chamou para a salvação, então, como seus embaixadores (cf. 2Coríntios 5.20), estamos altamente motivados, e vemos a necessidade teológica de espalhar as Boas Novas do Evangelho para toda a humanidade a fim de que os escolhidos (Efésios 1.4-6) ouçam e respondam.
Visto que não somos universalistas devido à nossa convicção das escrituras, então devemos ser fervorosos em nosso evangelismo justamente por causa dessa nossa convicção
Ambas as conclusões são teologicamente lógicas! Segue-se que os universalistas não teriam nenhum incentivo ou motivação para o evangelismo, uma vez que acreditam que todos serão salvos no fim dos tempos de qualquer maneira. É por isso que a denominação Unitária Universalista, como outras denominações teológicas liberais, está em rápido declínio numérico: Eles não têm impulso teológico para motivar o crescimento das conversões!
VI. CONCLUSÃO
Em conclusão e contraste, o teológico conservador Francis Schaeffer, já falecido, costumava dizer em referência a um compromisso frouxo pela salvação de almas: “Será que realmente acreditamos que as pessoas estão indo para o inferno, separadas de Cristo?”. Tais convicções são a base para compartilhar sua fé com aqueles que encontrar em seu caminho ou com os quais convive na comunidade da capital.
A doutrina bíblica da expiação limitada é congruente com a função de embaixador atribuída aos crentes, a vida após a salvação e seu chamado para ser testemunha de Cristo (cf. Atos 1.8). Se o Universalismo fosse verdade, então por que Deus chamaria todos os crentes no decorrer das Escrituras para serem embaixadores da reconciliação e testemunhas para Ele? O Universalismo não faz sentido quando comparado com o restante das Escrituras.
Alguém pode questionar como o Universalismo afeta Washington D.C.. Será que este estudo se relaciona com um dos maiores países do mundo? Certamente que sim.
Desde a Segunda Guerra Mundial, sem dúvida a influência espiritual mais forte no Capitólio tem sido o grupo chamado The Fellowship, bem como o The National Prayer Breakfast (O Desjejum de Oração Nacional) liderado e idealizado por esse grupo. A liderança central do The Fellowship e do The National Prayer Breakfast, na verdade, crê no Universalismo.
SE VOCÊ ALGUMA VEZ ENTREVISTASSE DOUG COE, O AGORA FALECIDO FUNDADOR E LÍDER DO THE FELLOWSHIP, VERIA COMO ELE DEFENDIA O UNIVERSALISMO, QUE ENSINA QUE TODOS OS CAMINHOS LEVAM AO CÉU
Essa compreensão serve para ilustrar porque, historicamente, o The National Prayer Breakfast tem trazido para este evento tantos convidados e preletores não cristãos, e que não possuem convicções sobre Jesus Cristo ser o único caminho para Deus. Escolher uma gama tão ampla de palestrantes pode ter certa conveniência política, mas é uma heresia deslavada. Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (João 14.6).
Um estudo das passagens citadas no decorrer deste estudo bíblico desbanca exaustivamente o Universalismo. Podemos concluir que os verdadeiros seguidores de Jesus Cristo rejeitarão explicitamente o Universalismo e não têm nada a ver com organizações que pregam tais heresias e falsidades para as massas.
Lembre-se que Deus castigou a antiga nação de Israel quando seu povo serviu a outros deuses. Não faria Ele o mesmo hoje em dia com as nações que, em seus simbólicos encontros nacionais de oração, fazem a mesma coisa?cm
1 Se Jesus deu sua vida por todos, então a analogia da noiva, específica da passagem, perde o sentido. Se a Expiação de Cristo fosse ilimitada, isto é, se Ele tivesse morrido por todos, então podemos concluir, ao comparar com a relação matrimonial, que um marido não precisa amar a esposa exclusiva e sacrificialmente, nem mais do que outra mulher qualquer. Resumidamente, a analogia de Efésios 5.25 não funciona de forma alguma se a Expiação de Cristo for para todos, ilimitada.
2 Millard J. Erickson, Christian Theology (Grand Rapids: Baker Academic, 1986).
3 Packer, J. I. Evangelism and the Sovereignty of God [Evangelização e a Soberania de Deus]; 2012, Westmont, Illinois, Intervarsity Press.
4 Millard J. Erickson, Christian Theology (Grand Rapids: Baker Academic, 1986).