Clareza Sobre o Casamento Entre Pessoas do Mesmo Sexo
Download do Estudo BíblicoEmbora, há algum tempo, nossa cultura esteja dando as costas na velocidade da luz às leis biblicamente fundamentadas, uma decisão da Suprema Corte Americana em 2018 teve potencial para mudar essa trajetória. Em julho deste ano ela defendeu um direito individual dado por Deus, protegido pela Constituição, de praticar livremente a religião.
Uma decisão do tribunal foi publicada a favor de um chef confeiteiro do Colorado que concordou em vender bolo de festa ou qualquer produto de sua loja a um casal homossexual, mas recusou-se a fazer um bolo de casamento para eles porque iria promover a união entre pessoas do mesmo sexo, que é contra suas crenças religiosas.
Obviamente, com a decisão não favorável ao casal, os lobistas das lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT) fizeram objeções, embora existam exemplos de confeiteiros gays que se recusam a atender cristãos.
Como relatado por várias publicações on-line, confeitarias LGBT recusaram um pedido para fazer um bolo de casamento tradicional com a mensagem “O casamento gay é errado”. Os confeiteiros se recusaram argumentando que “era contra suas crenças”.
Mas uma ameaça ainda mais séria contra as leis fundamentadas da Bíblia não é o bullying por parte do lobby LGBT. Ela na verdade parte de clérigos que distorcem as Escrituras e querem que as pessoas creiam que a Bíblia apoia a homossexualidade. Dada a realidade desta ameaça ainda maior, talvez a melhor maneira de ajudar você seja mais uma vez falarmos sobre o ensino claro da Palavra de Deus sobre este assunto.
I. INTRODUÇÃO
Não é preciso ir muito longe nas Escrituras para aprender o conceito de Deus sobre o casamento, e sua subsequente e total desaprovação da homossexualidade e do casamento entre pessoas do mesmo sexo. De nenhuma maneira a Palavra de Deus é pró-LGBT. Apenas quem distorce a Escritura raciocina desta maneira.
Anos atrás, um legislador me desafiou em relação a minha compreensão da Palavra a respeito desse tema. Ele sugeriu, em um estudo bíblico que eu estava liderando no Capitólio da Califórnia, que as Escrituras propunham algo diferente em relação ao que eu dizia. Ele me perguntou se poderia apresentar um estudo bíblico na semana seguinte para defender a suposta aprovação de Deus ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e à homossexualidade. No entanto, tal estudo nunca aconteceu. O que expusemos a seguir mostrará por que, mas no processo tentarei fazer justiça às posições da comunidade LGBT sobre estas passagens, à medida que fizer minha exposição. Isto deve ajudar na clareza e formação de convicções.
Para introduzir a singularidade da mente de Deus sobre este assunto, algo bastante básico é: Além da narrativa de Adão e Eva especificamente sendo descritos como marido e mulher em Gênesis 2.24 (cf. 1.27), Provérbios 12.4 destaca o testemunho de Deus sobre sua concepção e definição do casamento: “A mulher exemplar é a coroa do seu marido”. Como em português, as palavras hebraicas utilizadas nestas passagens são inconfundivelmente claras: Mulher(ishshah) significa “fêmea” e marido (baal) significa “macho”. Tendo isso como base, não preciso argumentar mais. Mas a Escritura é repleta de textos e inabalável a este respeito.
II. UM PRÉ-REQUISITO NECESSÁRIO
Antes de examinar as passagens bíblicas pertinentes, devemos primeiro considerar quem, de acordo com a Bíblia, está qualificado para falar com autoridade sobre ela. Isso quer dizer que as Escrituras salvaguardam a sua representação pessoal. Em outras palavras, a quem devemos ouvir ou dar crédito quando consideramos o argumento bíblico? Sábio é aquele que não aceita a opinião de qualquer um sobre a Bíblia, seja em testemunhos ou subcomitês no Congresso, seja em programas de entrevistas em um estúdio. As Escrituras são claras: As pessoas indicadas por Deus para ensiná-las serão caracterizadas por certas marcas registradas; essas qualidades se destinam a identificar aqueles a quem nomeou como seus porta-vozes – homens separados por Ele para ensinar, anunciar e pregar a Palavra. Assim, não devemos dar ouvidos a “professores da Bíblia” que não possuam as qualidades de um bispo. 1Timóteo 3.2 é uma das passagens pertinentes que contém tais autenticações:
“É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, sóbrio, prudente, respeitável, hospitaleiro e apto para ensinar.”
Um porta-voz legítimo de Deus, um bispo (episkopos, ou pastor-mestre; cf. Efésios 4.11-12), será marido de uma só mulher (lit.: “homem de uma mulher”), indicando que acredita no casamento monogâmico entre macho e fêmea, para começar! A passagem prossegue para exemplificar outras características que autenticam os genuínos professores da Bíblia. As passagens de 1Timóteo 3 e Tito 1, pertinentes e fundamentais para este tema, servem para filtrar os porta-vozes de Deus e sua Palavra que são ilegítimos.
Além disso, vários anos atrás fiz um estudo bíblico sobre o “joio na igreja” (cf. Tito 1.11; 3João 9-11), que serve para desenvolver de forma mais ampla sobre a existência de peões de Satanás, falsos mestres, cuja intenção única, segundo as Escrituras, é induzir os cristãos ao erro. Tudo isso para dizer: Considere as características do estilo de vida daqueles que afirmam ser os representantes de Deus sobre a homossexualidade e o casamento gay. Ingênuo é aquele que dá ouvidos a todos e a qualquer um em visões divergentes sobre a Bíblia. Novamente:
A MAIOR AMEAÇA PARA UM ENTENDIMENTO CLARO DESTE ASSUNTO NÃO É A DISSENSÃO SECULARISTA, MAS A DUPLICIDADE CLERICAL
Não se deixe enganar. Considere o caráter do porta-voz e se o estilo de vida dele se alinha com as balizas da Escritura. Com o risco de ser demasiado abrangente e demorado, o que se segue são as principais passagens da Bíblia que se relacionam à homossexualidade, a pressuposição por trás de casamentos entre pessoas do mesmo sexo.
III. PASSAGENS DO ANTIGO TESTAMENTO
A. GÊNESIS 19.4-13
Nesta passagem, qual foi o pecado de Sodoma e Gomorra?
“Ainda não tinham ido deitar-se, quando todos os homens de toda parte da cidade de Sodoma, dos mais jovens aos mais velhos, cercaram a casa. Chamaram Ló e lhe disseram: ‘Onde estão os homens que vieram à sua casa esta noite? Traga-os para nós aqui fora para que tenhamos relações com eles’. Ló saiu da casa, fechou a porta atrás de si e lhes disse: ‘Não, meus amigos! Não façam essa perversidade! Olhem, tenho duas filhas que ainda são virgens. Vou trazê-las para que vocês façam com elas o que bem entenderem. Mas não façam nada a estes homens, porque se acham debaixo da proteção do meu teto’. ‘Saia da frente!’, gritaram. E disseram: ‘Este homem chegou aqui como estrangeiro, e agora quer ser o juiz! Faremos a você pior do que a eles’. Então empurraram Ló com violência e avançaram para arrombar a porta. Nisso, os dois visitantes agarraram Ló, puxaram-no para dentro e fecharam a porta. Depois feriram de cegueira os homens que estavam à porta da casa, dos mais jovens aos mais velhos, de maneira que não conseguiam encontrar a porta. Os dois homens perguntaram a Ló: ‘Você tem mais alguém na cidade – genros, filhos ou filhas, ou qualquer outro parente? Tire-os daqui, porque estamos para destruir este lugar. As acusações feitas ao Senhor contra este povo são tantas que ele nos enviou para destruir a cidade’.”
A interpretação geral da “comunidade cristã” homossexual explica que o pecado em evidência não é a sodomia, mas a inospitalidade. Os defensores desta visão afirmam que a palavra hebraica para ter relações, ou conhecer (yada), tem “significado desconhecido ou ambíguo”. Em segundo lugar, a atividade sexual, eles reivindicam, não está em questão na passagem; isto é supostamente apoiado por meio da referência com Ezequiel 16.49-50, que será examinada a seguir.
Ao contrário do que afirmam, a palavra yada aparece 943 vezes no Antigo Testamento e seu significado não é ambíguo. “Obter conhecimento ou se familiarizar melhor com alguém ou algo” é o seu significado. Tenha em mente, no entanto, que:
O CONTEXTO FORTEMENTE INDICA QUE YADA É USADA EM GÊNESIS COMO EUFEMISMO EDUCADO PARA RELAÇÕES SEXUAIS
Yada1 é usada eufemisticamente em Gênesis 4.17, onde a Escritura afirma que “Caim conheceu (yada) sua esposa e ela concebeu”. Pensar no uso desta palavra de forma diferente leva a problemas interpretativos nos capítulos 4 e 19. Para ilustrar, por que Ló implorou aos homens que não agissem perversamente (v. 7)? Por que entrou em pânico, oferecendo substitutos sexuais (v. 8)? Não seria um pouco contraditório tentar arrombar a porta do outro (v. 9) em reação à sua inospitalidade? É evidente pelo contexto que Ló não entendeu os avanços deles de forma amigável.
Além disso, o pecado de Sodoma e Gomorra trouxe a seguinte resposta de Deus: “Disse-lhe, pois, o Senhor: ‘As acusações contra Sodoma e Gomorra são tantas e o seu pecado é tão grave’” (18.20). Em Gênesis 19.13 os anjos enviados por Deus afirmaram: “Porque estamos para destruir este lugar. As acusações feitas ao Senhor contra este povo são tantas que ele nos enviou para destruir a cidade”. Todas estas referências argumentam contra o pecado ser o de inospitalidade.
B. EZEQUIEL 16.49-50
A comunidade homossexual, no entanto, cita esta passagem em apoio a ser a inospitalidade o pecado de Sodoma e Gomorra. Mas, como será visto, isso dificulta, e não ajuda, o argumento apresentado por eles.
“Eis que esta foi a iniquidade de Sodoma, tua irmã: soberba, fartura de pão e próspera tranquilidade teve ela e suas filhas; mas nunca amparou o pobre e o necessitado. Foram arrogantes e fizeram abominações diante de mim; pelo que, em vendo isto, as removi dali.” – ARA
Arrogância, preguiça e cegueira para com as necessidades dos outros são certamente evidências de comportamentos egoístas e pecaminosos que merecem a censura em qualquer cultura. Mas uma iniquidade adicional está na palavra abominação (toebah), que é traduzida em outras versões e passagens como “práticas repugnantes” . Que isso significa atos homossexuais está claro à luz da Levítico 18.22, ao empregar a mesma palavra como sinônimo de atividade homossexual.
C. LEVÍTICO 18.22
“Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação.” – ARA
A palavra hebraica traduzida como abominação é a mesma usada em Ezequiel 16, toebah, onde a atividade homossexual é claramente descrita. Toebah é caracterizada por machos se deitando juntos. Levítico 18 e Ezequiel 16 servem para vincular, identificar e iluminar o pecado específico de Sodoma e Gomorra como sendo o da homossexualidade.
D. LEVÍTICO 20.13
“Se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável; serão mortos; o seu sangue cairá sobre eles.” – ARA
Observe aqui a expressão “coisa abominável”. Mais uma vez, a palavra hebraica toebah é utilizada.
MAS O QUE DIZER SOBRE EXECUTAR HOMOSSEXUAIS?
O livro de Levítico é o manual de Deus para Israel – o povo escolhido da sua antiga aliança –, a quem pretendia que fosse seu representante, um povo distinto de todos os outros. Ele ofereceu cerimônias especiais, leis, rituais, restrições alimentares, código de santidade pessoal e a aplicabilidade a fim de alcançar essa exclusividade em relação às práticas do povos que o circundavam, os cananeus e os egípcios. Esses pagãos à sua volta, dentre outras ações imorais, praticavam todo tipo de desvio sexual. Assim, Levítico 18 e 20 têm a ver com a proibição de várias formas de imoralidade sexual – desde dormir com membros da família até a bestialidade. Todas as degradações sexuais são severamente proibidas e puníveis, a fim de manter a pureza cultural e o testemunho. Tenha em mente o que Deus disse em Deuteronômio 7.6:
“Pois vocês são um povo santo para o Senhor, o seu Deus. O Senhor, o seu Deus, os escolheu dentre todos os povos da face da terra para ser o seu povo, o seu tesouro pessoal.”
Na era da igreja do Novo Testamento, sob a nova aliança Deus revoga (“abolir por ação formal, oficial ou autoritativa”) as leis cerimoniais de Israel, as regulações alimentares, o sacerdócio levítico, etc., como evidenciado em várias passagens, tais como Atos 10.1-16, Colossenses 2.16-17 e 1Pedro 2.9, dentre outras. Estes elementos, como o apedrejamento de homossexuais, não devem mais ser praticados, visto que Deus instituiu uma nova aliança para o seu povo, segundo Mateus 26.28, 2Coríntios 3.6-18 e Hebreus 7–10.
Como naquela época, o que deve estar em foco hoje é o caráter divino por trás dos rituais e punições descritos em Levítico. Os princípios espirituais em que os rituais do antigo Israel estavam enraizados são atemporais, porque são manifestações da própria natureza e essência da pureza e da santidade de Deus.
Mas você pode querer acrescentar ou esclarecer: “Será que tudo o que a Bíblia afirma sobre a antiga aliança de Deus com o Israel antigo se repete na nova aliança com a igreja? Certamente que não!”.
Além disso, “executar um homem que se deita com outro homem” não é um princípio recorrente na nova aliança da era da igreja. No entanto, o Novo Testamento certamente reitera e defende a proibição da homossexualidade, mas não o castigo físico aplicado a sua prática.
É ingênuo, se não desonesto, insinuar falsamente que os legisladores cristãos se prendem a uma crença de que os governos de hoje devem apedrejar homossexuais. No outro extremo do espectro da ignorância bíblica estão aqueles que sugerem que a homossexualidade não é mais proibida porque o código de santidade de Israel está agora obsoleto. Ambas as suposições decorrem de um analfabetismo bíblico em relação a cronologia do antigo Israel e da igreja de hoje. Tal falta de conhecimento é, infelizmente, muito comum entre jornalistas e legisladores. (Desafie-os a começar a frequentar um bom estudo bíblico que pode levá-los à salvação.) 1Coríntios 2.14 afirma: “Quem não tem o Espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus, pois lhe são loucura; e não é capaz de entendê-las, porque elas são discernidas espiritualmente”.
E. JUÍZES 19.22-23
Esta passagem paralela a Gênesis 19 fornece mais informações sobre o significado da narrativa de Deus.
“Quando estavam entretidos, alguns vadios da cidade cercaram a casa. Esmurrando a porta, gritaram para o homem idoso, dono da casa: ‘Traga para fora o homem que entrou na sua casa para que tenhamos relações com ele!’ O dono da casa saiu e lhes disse: ‘Não sejam tão perversos, meus amigos. Já que esse homem é meu hóspede, não cometam essa loucura’.”
As palavras perversos (rawah) e loucura (nebalah) significam “ações profanas de imoralidade; insensatez e desgraça”. Elas exibem a ilegalidade do que significa ter relações (yada).
IV. PASSAGENS DO NOVO TESTAMENTO
A comunidade gay afirma que o próprio Jesus nunca condenou a homossexualidade. Considere, no entanto, as passagens a seguir.
A. MATEUS 10.14-15
“Se alguém não os receber nem ouvir suas palavras, sacudam a poeira dos pés, quando saírem daquela casa ou cidade. Eu lhes digo a verdade: No dia do juízo haverá menor rigor para Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade.”
Nesta passagem, Jesus faz menção específica a Sodoma e Gomorra ao ensinar a seus discípulos. Seu ponto principal é que as pessoas que rejeitam os mensageiros de Deus — a quem Ele está aqui enviando como suas testemunhas — sofrerão um julgamento mais rígido do que, comparativamente falando, o aplicado a Sodoma e Gomorra. Portanto, Jesus está reconhecendo a condenação destas cidades pela razão previamente estabelecida.
B. ROMANOS 1.26-27
“Por causa disso Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza. Da mesma forma, os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros. Começaram a cometer atos indecentes, homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão.”
O raciocínio de Paulo em Romanos é baseado no congruência com a criação. Deus criou macho e fêmea de forma distinta (Gênesis 1.27), e como mencionado na introdução, Gênesis 2.24 afirma que o casamento é entre um homem e uma mulher: “Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne”. Literalmente ish se unirá a ishshah.
A CARTA AOS ROMANOS NÃO PODE SER MAIS CLARA DO QUE ISSO
Esta passagem pronuncia o pecado do lesbianismo e o da homossexualidade. O grego literal para a tradução de “suas mulheres trocaram suas relações sexuais naturais” é “mudaram o uso natural para o uso ao lado”. A ideia interpretativa homossexual de que “relação sexual natural” relaciona-se com o desejo homossexual natural que alguém já possui é infundada aqui e no conjunto das Escrituras. Seguir por esse caminho é ir contra o peso crescente do contexto e das referências cruzadas. Em nenhum lugar da Escritura esta ideia da comunidade gay é validada; isso é eisegese.
Além disso, e sobretudo, observe a escolha que Paulo faz das palavras gregas para homens e mulheres. Ele não usa gune e anthropos, que descrevem a dignidade das mulheres e dos homens. Em vez disso usa theleia e arsen, que são descritivos apenas de gênero sexual. A recusa de Paulo em atribuir uma dignidade implícita àqueles que haviam se degenerado na homossexualidade é um poderoso insight sobre a mente de Deus neste tema.
Além disso, Paulo usa a palavra grega aschemosune, que traduzida para o português quer dizer “atos indecentes”. Ela é utilizada novamente em 1Coríntios 13.5, em oposição ao verdadeiro amor, quando afirma: “O amor não se conduz(aschemosune) inconvenientemente” – ARA. Isto literalmente significa que o verdadeiro amor não procura sua própria luxúria e desejo.
Em um contexto mais amplo, este trecho de Romanos refere-se a evidências indicativas de um estágio em que Deus já não restringe o pecado — quando Ele retira a sua graça comum. A homossexualidade, nesta passagem, é a evidência de Deus entregando as pessoas aos seus próprios caminhos caídos, baixos. Quando Deus remove sua contenção, uma pessoa é descrita como réproba. A homossexualidade então é um sinal de reprovação. Uma frase resume o texto de Romanos: “Quando alguém abandona o autor da criação, inevitavelmente abandona a ordem da criação”.
C. 1CORÍNTIOS 6.9-11
“Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.”
A palavra grega aqui traduzida como “sodomitas” (homosexuais), arsenokoitas, é um substantivo composto: Arsen(masculino) e koitas (relações sexuais; origem do termo em português para “coito”). Estas duas palavras são individualmente usadas repetidamente no Novo Testamento com seus respectivos significados. Mas arsenokoitas é inconfundível em seu significado. Arndt e Gingrich, em sua obra clássica e altamente respeitada, The Greek-English Lexicon of the New Testament [O Léxico Grego-Inglês do Novo Testamento], afirmam na página 109: “Arsenokoitas, ‘um homem que pratica a homossexualidade’, era um termo usual na literatura extrabíblica da época”.
É, portanto, bastante desonesto a “igreja” homossexual afirmar que o significado original deste substantivo composto grego “tenha se perdido… e que parece não ter nenhuma relação com a atividade homossexual consensual”. Além disso, eles enganam quando argumentam que a palavra “homossexual” (em português) não aparece nos manuscritos originais da Bíblia. Verdadeiro, mas ingênuo, uma vez que a palavra grega arsenokoitas aparece e é muito mais precisa, descritiva e definitiva do pecado em questão do que sua homóloga em nosso idioma.
D. 1TIMÓTEO 1.9-10
“Tendo em vista que não se promulga lei para quem é justo, mas para transgressores e rebeldes, irreverentes e pecadores, ímpios e profanos, parricidas e matricidas, homicidas, impuros, sodomitas, raptores de homens, mentirosos, perjuros e para tudo quanto se opõe à sã doutrina.”
Nesta passagem, o argumento de Paulo é que a lei de Deus destina-se a revelar, por meio de comparação, a necessidade que a pessoa tem de Cristo a fim de confiar nele para a salvação. Qualquer evangelista, seja ele Timóteo ou alguém do presente, que falhe em declarar o que o pecado de fato é, leva as pessoas à confusão: De que eu preciso ser salvo? Aqui então está listado como pecado o mesmo substantivo composto grego arsenokoitas. Esta passagem e 1Coríntios 6.11 ilustram bem que:
É PRECISO SER SALVO DO PECADO DA HOMOSSEXUALIDADE COMO FORAM ALGUNS CORÍNTIOS
E. 2PEDRO 2.6-10
“E, reduzindo a cinzas as cidades de Sodoma e Gomorra, ordenou-as à ruína completa, tendo-as posto como exemplo a quantos venham a viver impiamente; e livrou o justo Ló, afligido pelo procedimento libertino daqueles insubordinados (porque este justo, pelo que via e ouvia quando habitava entre eles, atormentava a sua alma justa, cada dia, por causa das obras iníquas daqueles), é porque o Senhor sabe livrar da provação os piedosos e reservar, sob castigo, os injustos para o Dia de Juízo, especialmente aqueles que, seguindo a carne, andam em imundas paixões e menosprezam qualquer governo. Atrevidos, arrogantes, não temem difamar autoridades superiores.”
Pedro incorpora estas cidades do Antigo Testamento como um exemplo histórico para ilustrar seu argumento. As palavras pertinentes, e a passagem como um todo, são com frequência intencionalmente ignoradas por intérpretes pró-homossexuais. O falecido Peter J. Gomes, antigo capelão pró-homossexual de Harvard, era um desses homens. Se ele tivesse mencionado esses textos, a tese de seu livro teria sido destruída.2
“Ordenou-as” (katarkrino) significa “dar uma sentença por causa de um crime”. Na argumentação da passagem, tal condenação está diretamente relacionada “às obras iníquas” (aselgeia), “desejos e licenciosidade” dos homens de Sodoma e Gomorra. O uso antigo de aselgeia era para descrever “tudo que for vergonhoso, o que é caracterizado pela impureza moral ou imundície”. Finalmente “imundas paixões” (epithumia miasmos) esclarece ainda mais as razões para a condenação de Deus, significando “um forte desejo de perverter”.
Esta é outra passagem (como se fosse necessário) que ajuda a interpretar o significado do pecado de Gênesis 19. À luz das palavras específicas e descritivas usadas aqui em 2Pedro, é intelectualmente impossível interpretar yada como “conhecer e desenvolver uma amizade”.
F. JUDAS 7
“Como Sodoma, e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregado à prostituição como aqueles, seguindo após outra carne, são postas para exemplo do fogo eterno, sofrendo punição.” – ARA
Judas ressalta ainda mais a ideia. A comunidade homossexual geralmente afirma que os tradutores do original grego do Novo Testamento não tinham clareza quanto ao significado dessas passagens e, portanto, selecionaram seus pecados favoritos para atacar. No entanto, a palavra grega traduzida como “prostituição”, (ekporneuo), é derivada de porneuo, que significa “fornicação” no sentido acentuado, isto é, “fornicação excessiva”. “Outra carne”3 (heteras) significa “outro homem”. Por fim, o contexto diz respeito à apostasia — aqueles que parecem ser seguidores de Cristo, mas que na realidade são impostores. O argumento de Judas é semelhante ao de Romanos: A homossexualidade é uma indicação de reprovação, e Sodoma e Gomorra são usadas repetidamente para ilustrar a atitude de Deus para com a reprovação.
V. SUMÁRIO
A homossexualidade e as cerimônias entre pessoas do mesmo sexo são ilegítimas aos olhos de Deus. Sua palavra é repetitiva, clara e rígida sobre o assunto. O indivíduo ou a sociedade que a pratica ou a endossa comete pecado.
A homossexualidade e o casamento entre pessoas do mesmo sexo não são somente invalidados por Deus em sua Palavra, mas também condenados pela biologia: Não se pode ser um evolucionista homossexual.
VI. CONCLUSÃO
Há esperança para todos os que estão presos nesse vício pernicioso. Jesus Cristo veio para libertar os pecadores! “Assim foram alguns de vocês. Mas vocês foram lavados (…)”, afirma Paulo sobre os homossexuais em 1Coríntios 6.11. Esta é a atitude do pastor ou do cristão em relação àqueles que são viciados em qualquer pecado: Amar o pecador, enquanto permanece irredutível quanto ao pecado. Contextualmente, alguns dos membros da igreja de Corinto eram ex-homossexuais, mas pela graça de Deus encontraram uma nova vida em Cristo. É preciso se arrepender e crer no Salvador hoje para receber o dom da vida eterna, libertação e poder para quebrar as cadeias de qualquer pecado. Finalmente:
NÃO É PAPEL DO ESTADO NEM DA POPULAÇÃO REDEFINIR O QUE DEUS CRIOU. ISSO É ARROGÂNCIA DA PIOR ESPÉCIE. O HOMEM NÃO DEVE DEFINIR OS CAMINHOS DE DEUS; OS CAMINHOS DE DEUS É QUE DEFINEM OS DO HOMEM
Legalizar cerimônias entre pessoas do mesmo sexo em qualquer país é muito grave aos olhos de Deus. E à luz de Gênesis 19, tal “pensamento progressista”, eventualmente, evoca sua ira.cm
Ralph Drollinger
1 Yada é usada 12 vezes no Antigo Testamento com esta compreensão eufemística. Eufemismo: Substituição de uma palavra que é áspera, indelicada, de alguma forma desagradável ou tabu, por outra palavra ou expressão agradável ou inofensiva (Merriam e Webster).
2 Gomes, Peter J. The Good Book (Nova York, William e Morrow Company, 1996). Em sua abordagem supostamente bíblica e abrangente do assunto, ele não menciona e até mesmo ignora algumas das passagens pertinentes registradas na Bíblia e tratadas aqui.
3 Para entender o que Judas quer dizer com a expressão “outra carne” é útil saber que os anjos que foram visitar Ló, em Gênesis 19, apareceram em forma física (ref. 19.3, onde comeram pão). Podemos concluir que os anjos tinham uma beleza angelical na forma física. Nesse sentido, então, os sodomitas foram atrás de “outra carne”.